Denúncia

Após denúncia do Bocão, gestor do HRS reconhece problema mas não fala em solução

Publicado em 26/03/2015, às 07h00   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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A reportagem do Bocão News denunciou na última terça-feira (24) que por falta de vagas nas unidades neonatais (UTI e Semineo), recém-nascidos estavam permanecendo na sala de parto no Hospital Roberto Santos, em Salvador, na Bahia.
Nesta quarta-feira (25), em conversa com o apresentador Zé Eduardo, um dos gestores da unidade de saúde, Hugo Ribeiro, reconheceu que o problema existe no hospital. “Estamos completando uma semana. Todos nós sabemos que temos problemas. Ninguém está omitindo isso. De fato, ao longo do tempo na nossa maternidade não circula muito problema, mas como em qualquer lugar temos picos. Houve um pico de atendimento e que gerou essa necessidade momentânea”, afirmou em entrevista na Rádio Metrópole.
Ainda durante conversa, quando questionado sobre qual solução a direção teria para o problema, o gestor disse que ainda vai analisar o caso. “Logo que cheguei pedi cedo para que me mandassem essas informações. Para a gente entender o que aconteceu e corrigir eventuais falhas que aconteçam. Vou me inteirar e estarei disponível para prestar esclarecimento”, disse.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do hospital que apenas comentou o atual quadro da unidade. Confira nota na íntegra:
A respeito de denúncias acerca da permanência de recém-nascidos (RN) em salas de parto do Centro Obstétrico do Hospital Geral Roberto Santos na data de ontem (24), comunicamos, de acordo com levantamento feito pela Diretoria Técnica Materno-Infantil deste Hospital:
O Centro Obstétrico (CO), unidade de Emergência Obstétrica do HGRS, é referência para casos de alta complexidade, como gravidez e parto de alto risco, e de malformações fetais. Nos casos de malformações do sistema nervoso central, é a única referência em todo o estado da Bahia, não sendo esses casos tratados em nenhum outro hospital da rede pública (atendimento SUS).
Apesar disso, o CO é excessivamente demandado por usuárias com perfil de baixa e média complexidade, que poderiam ser atendidas em outras unidades hospitalares. Mesmo a essas pacientes não fechamos nossas portas, daí o principal motivo pelo qual havia, na data de ontem (24), um número maior de RN do que o Centro Obstétrico comporta, mas todos assistidos por neonatologista e enfermeira especializada e todos os equipamentos de suporte de que alguns necessitavam, inclusive suporte ventilatório – dos 9 bebês, somente 2 necessitavam de UTI, e esses estavam devidamente entubados.
O nascer é imprevisível: nas últimas 24 horas, foram realizados no CO um parto gemelar e um parto trigemelar, além de dois partos de bebês com malformações, estes já encaminhados para cirurgia, ocasionando um número maior que a média de bebês naquela unidade, além dos partos normais realizados – que, repetimos, são acolhidos mesmo que não se encaixem no nosso perfil de atendimento. O Hospital Geral Roberto Santos funciona em regime porta aberta e, por isso, é tão demandado, porque a assistência é garantida. Quaisquer esclarecimentos adicionais, estamos à disposição.
Roberto Santos: por falta de vagas, recém-nascidos permanecem em sala de parto
Publicada no dia 25 de março de 2015, às 10h11

Classificação Indicativa: Livre

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