Cidades
Publicado em 04/05/2016, às 09h58 Vinícius Ribeiro (Twitter: @vin_ribeiro)
O clima é de insatisfação entre os moradores do Barro Branco, localidade da Avenida San Martin, em Salvador. Com o início do período chuvoso, as lembranças da tragédia ocorrida há um ano voltam à tona. Indignados com a obra de contenção ainda não concluída, os moradores já ameaçam interditar a San Martin para chamar a atenção dos poderes públicos.
"Está chegando eleição e Neto está se queimando aqui na San Martin. Há quinze dias desceu um trecho de barro e não serviu de aviso", disse, exaltado, o morador Robson Bonfim Celestino, de 57 anos. Segundo ele, que reside há 50 anos no local, a Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) só apareceu após a chegada da imprensa.
Já a doméstica Gilmara dos Santos, 42 anos, a pasta social da prefeitura vem atrasando o auxílio firmado após o ocorrido em 2015. "A Semps paga um mês, o outro não paga, o outro atrasa. É assim", disse a moradora que há um ano deixou a casa para morar de aluguel. "Recebo R$ 300 e pago R$600 de aluguel, fora água e luz", contou ao Bocão News.
Ela ainda reclama do contigente operacional das obras. "São apenas oito homens e a máquina, às vezes, vai para outra obra no Retiro. Desse jeito, não vai acabar nunca aqui".
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