Cidades

Empresários reclamam de paralisação de obras da Educação no estado

Publicado em 25/07/2015, às 14h16   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)


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Um grupo de 36 empresários está revoltado por conta da paralisação de 157 obras que estão paradas sob a responsabilidade da Secretaria de Educação do Estado da Bahia. O motivo da estagnação das obras foi a extinção da Superintendência de Construções Administrativas (Sucab), que era quem tocava os empreendimentos do governo estadual. Com o fim da autarquia, as obras foram repassadas paras as secretarias correspondentes, como é o caso da pasta de Educação com relação às intervenções em estabelecimentos educacionais.

Conforme a denúncia feita por um dos empresários que tem sete obras paralisadas por não estar recebendo os recursos há aproximadamente sete meses, ninguém retomou as obras desde o fim das atividades da Sucab em fevereiro desse ano. Em nota divulgada à imprensa, a Secretaria de Educação afirma que das 197 obras transferidas para sua responsabilidade, “139 já estão sendo retomadas”.

No entanto, a fonte que entrou em contato com o Bocão News reforça que existem 157 construções paralisadas e sem retomada. “Existe cerca de R$ 200 milhões em contratos paralisados. Desse total, há em dívida atualmente cerca de R$ 16 milhões”, aponta o empresário. Ele ainda diz haverr uma insatisfação do grupo de empresário e fala que o governador está sendo “enganado” por já ter determinado a retomada dos pagamentos e ainda não ter sido atendido. “O grupo é heterogêneo e é difícil segurar a revolta de todos, alguns com vínculos da oposição, que não é o meu caso, mas o governador está sendo traído porque não foi feito o que ele pediu que é a investigação e a retomada em maio”, lembra o empreendedor, que cita a tentativa de criação de uma CPI na Assembleia Legislativa da Bahia para apurar a paralisação das obras em estabelecimentos educacionais que contam aplicação de recursos federais e uma pequena parte oriunda como contrapartida do governo do estado.  

O empresário ainda diz que a secretaria não possui estrutura para “absorver os contratos”. “A gente não torna o problema mais público com medo de retaliação”, admite, embora o assunto já tenha sido veiculado na imprensa baiana desde maio.

Na mesma nota que a pasta argumenta já estar retomando as obras, ela também diz que fiscais da própria secretaria estão visitando as obras, fazendo vistorias. “Os fiscais estão fazendo as vistorias sem sequer o projeto das obras em mãos. Do que adianta?”, questiona o empreendedor.

A Secretaria de Educação também diz que o pagamento dos contratos com os 36 empresários “está sendo formalizado e o pagamento será realizado em breve”. 

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