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Idosas do CSU Nordeste levam ancestralidade africana para o carnaval 2016

Publicado em 05/02/2016, às 12h21   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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“Antes de conhecer o grupo Reviver, minha vida não tinha muito sentido, vivia angustiada por não saber enfrentar as dificuldades da rotina diária, mas desde que passei a conviver com as outras idosas, me sinto mais forte, mais feliz”. A declaração é de Zildete Couto, 67, integrante do Grupo de Convivência Reviver do Centro Social Urbano do Nordeste de Amaralina, que pelo quinto ano consecutivo participou, na noite dessa quinta-feira (4), da abertura do Carnaval de Salvador, no Circuito Osmar (Campo Grande).

Este ano o Bloco da Capoeira, do cantor Tonho Matéria trouxe para a avenida o tema “Água de beber camará, culto aos ancestrais na capoeira”. A ala Filhas de Nanã, com fantasias nas cores lilás e branco, mais uma vez assinada pelo carnavalesco baiano Alberto Pitta, integrou o desfile do Bloco da Capoeira, com alegria, vitalidade e respeito à ancestralidade africana.

De acordo com a coordenadora do CSU Nordeste, Andreia Macedo, durante os ensaios e processo de elaboração das fantasias, as idosas aprenderam sobre ancestralidade, sincretismo religioso e outros elementos importantes para a preservação da cultura e religiosidade de matriz africana. “Foi um rica troca de experiência, o grupo é formado por idosas que fazem parte de religiões diferentes, mas sabem respeitar a diversidade, um exemplo de harmonia e boa convivência”. Andreia diz também, que a presença das idosas no Carnaval é uma resposta positiva ao trabalho contínuo realizado pelo CSU Nordeste. “É preciso deixar de considerar que o idoso é uma pessoa incapaz, sem mobilidade, inapto para conviver nos espaços de lazer e de integração cultural”.

Inclusão

Criado em 2009, o Grupo Reviver é integrado por 69 mulheres com idade entre 60 e 93 anos. A finalidade do grupo é destacar o protagonismo da pessoa idosa por meio do empoderamento e inclusão. Anualmente, as integrantes do Grupo Reviver participam de atividades como natação e hidroginástica, artesanato, yoga, ginástica, dança moderna, recebendo ainda atendimento social e enfermagem. Também há parceria com o grupo de teatro da Polícia Militar da Bahia, no sentido de treinar para formação teatral e de coral. O Reviver participa também das atividades sociais promovidas pelo órgão, a exemplo da Caminhada Rainha Nzinga, Fórum de Personalidades Negras, passeios, excursões e palestras.

Dança

Este ano, o grupo Arte de Dançar, reforçou a participação do CSU Nordeste de Amaralina, com a ala as Yabás. Formados por adolescente e jovens do Nordeste de Amaralina, sob a coordenação da professora Gisélia Santos, o grupo trouxe para avenida o resultado do trabalho desenvolvido no CSU Nordeste, que promove a inclusão de 30 jovens em situação de vulnerabilidade social.

Classificação Indicativa: Livre

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