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Circuito Osmar vira alvo de críticas e elogios neste Carnaval

Publicado em 19/02/2015, às 05h58   Rodrigo Daniel Silva (Twitter: @rodansilva)



Chega um tempo em que é preciso repensar.Tempo de absoluta reflexão. No Carnaval deste ano, artistas, empresários e políticos deram uma trégua na folia e discutiram o Axé Music, ritmo que completa 35 anos, e a própria festa momesca. Um dos assuntos que mais chamou a atenção foi o estado do Circuito Osmar, no Campo Grande. 
Ao Bocão News, o vereador Arnando Lessa defendeu uma revitalização do espaço. “Estamos aqui em pleno sábado e o que vemos é um quadro de esvaziamento”, avaliou, frisando que se nada for feito o circuito irá acabar. Lessa ainda fez duras críticas à falta de limpeza no local. “Somos submetidos a uma coisa absurda que é este mau cheiro”, lamentou. 
O presidente do Conselho do Carnaval (Concar), Pedro Costa, diverge desta opinião e diz estar “surpreso” com a grande movimentação no Campo Grande. “Quem disser isto (que abandonaram o circuito) está desinformado. Estou no Osmar todos os dias e ele está bombando”, afirmou, destacando que o “sucesso” na avenida não é só dos blocos grandes mais também da pipoca.
“Nós acertamos em cheio quando proporcionamos o contra fluxo saindo lá da Rua Chile indo em direção à Casa D’Itália. Acertamos também ao fazer a concentração na Vitória, porque não está tendo engarrafamento de trios. Ou seja, estamos fazendo um carnaval maravilhoso”, pontuou Pedro Costa, ao Bocão News
Tempo 
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, a cantora Claudia Leitte reclamou do extenso percurso do Campo Grande. “Eu não consigo mais me ver oito horas puxando um trio (no Circuito Osmar). É cansativo, não tem repertório que aguente. Enquanto não tiver, de fato, uma mudança que não permita que a gente passe por isso, eu não posso voltar”, disse a artista, que não desfilou esse ano no tradicional espaço da folia.
O presidente do Concar, por sua vez, diz que “a culpa é do próprio artista que não pode ver uma cabine (de televisão e rádio) que para pra fazer discurso”. Em média, um trio demora oito horas para passar no Campo Grande. O dobro do tempo do Circuito Dodô, na Barra-Ondina. Apesar desta crítica, alguns cantores voltaram a tocar este ano no Osmar, a exemplo de Daniela Mercury. 
Violência 
O Circuito Osmar ainda tem um índice negativo neste Carnaval. Embora seja bem menor o número de foliões e atrações, em comparação com o Barra-Ondina, lá teve a maior quantidade de casos de pessoas baleadas na folia. De acordo com a polícia, quatro homens foram atingidos por disparos de arma de fogo na avenida. Foi lá que se registrou também o primeiro homicídio da festa momesca. “Mas são casos isolados. Não tenho a menor dúvida de que isto é rixa”, analisou Pedro Costa. 
Publicada no dia 18 de fevereiro de 2015, às 7h30

Classificação Indicativa: Livre

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