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Praias de Salvador acumulam mais de mil toneladas de lixo neste verão: assista

Publicado em 29/01/2017, às 15h59   Diego Vieira


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No verão, as praias tornam-se um dos principais destinos para centenas de pessoas. Consequentemente, é nesse período que a orla da capital baiana mais sofre com a sujeira. Desde o dia 21 de dezembro do ano passado, início da alta estação, mais de mil toneladas de lixo já foram retiradas das praias de Salvador. Pensando nisso, a Blitz Bocão News percorreu a orla marítima para saber se os banhistas se preocupam em não sujar a areia das praias. 
"Quando a gente chega tem que está limpo e temos que sair e deixar limpo. Chegar e encontrar tudo sujo é muito ruim", disse o vendedor Tony Lemos, frequentador da praia de Piatã. Quem também concorda com ele é a comerciária Ilane Carvalho, que faz questão de sair e deixar tudo limpo. "É muito importante que a gente deixe limpinho. Eu junto o lixo e na hora que eu vou embora coloco tudo em uma sacola", afirmou. 

Trabalho dos agentes de limpeza na praia de Patamares

Há também quem diga que tenta contribuir com a limpeza, no entanto, não encontra lixeiras suficiente em alguns trechos da orla. A vendedora de caldo de cana Fátima de Jesus, que trabalha há mais de dez anos na praia de Patamares, conta que existem poucas caixas coletoras na região. "Se tivessem mais lixeiras iria diminuir bastante o problema. Eu coloco tudo dentro de um saco, mas com as lixeiras seria melhor para as pessoas terem mais consciência de não sujar a praia", disse.

Fátima de Jesus, trabalha na praia de Patamares como vendedora de caldo-de-cana
De acordo com a prefeitura, no último verão, foram recolhidas 2,9 mil toneladas de resíduos sólidos nas praias. A administração municipal destaca que as praias de onde costumam ser retiradas mais lixo, segundo dados levantados pela Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (Limpurb), são o Porto e o Farol da Barra, Piatã, Itapuã, Ribeira, Boa Viagem, Canta Galo, São Tomé e Tubarão. Ao todo, 135 agentes trabalham no gerenciamento do serviço de limpeza de praias, que se estendem por aproximadamente 25 quilômetros, incluindo as ilhas de Salvador.
Kaio Moraes, presidente da Limpurb, explicou como é realizada a operação de limpeza nas praias durante o verão. "A gente faz a potencialização de mais equipes onde observamos que tem um fluxo maior de banhistas. Então a Limpurb trata essas áreas com o aumento de agente de limpezas", declarou.
Kaio Moraes, presidente da Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (Limpurb)
Ainda conforme o presidente, o vandalismo é o fator principal da falta de lixeiras em alguns pontos da orla. No entanto, o órgão já pensa em uma solução para diminuir o problema. "Instalamos as lixeiras, mas infelizmente, sofremos ações de vandalismo por parte da população que tende a quebrar as lixeiras. Mas, logo em seguida fazemos a reposição delas. Já estamos pensando em uma solução, que seria a instalação de containers na extensão da orla para que a coleta possa ser feita no período da noite", explicou.
Além de sujar a areia, outro problema causado pelo lixo, é que ele é levado pela maré e fica na água, isso resulta em poluição e morte de animais que tentam comer plásticos, alumínios, entre outros detritos. Bruno Rocha, mergulhador e idealizador do projeto "Fundo Limpo" diz que já encontrou de tudo no fundo do mar. "Os campeões ainda são plásticos e latinhas. Por não serem pesados, esses materiais começam a navegar e passear no oceano. Na praia do Porto da Barra, por exemplo, já encontramos até um fogão industrial",contou. O projeto Fundo Limpo realiza frequentemente limpeza no fundo do mar nas praias do Farol e Porto da Barra.
Bruno Rocha, mergulhador e idealizador do projeto "Fundo Limpo"
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Publicada originalmente em 28/01 às 15h59

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