Cidades

Botaram o pior barco para sair 6h30, diz sobrevivente de tragédia em Mar Grande

Publicado em 24/08/2017, às 10h40   Diego Vieira


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Uma das pessoas que sobreviveram ao naufrágio da lancha Cavalo Marinho I, que fazia a travessia Mar Grande-Salvador na manhã desta quinta-feira (24), relatou os momentos de pânico dentro da embarcação.

Segundo a administradora Meire Reis, de 53 anos, os passageiros tiveram dificuldades para retirar os coletes salva-vidas. "Foi uma coisa horrível. Quando a lancha virou foi muito desespero. Tivemos que ficar um em cima do outro dentro dos botes que são pequenos. Não conseguíamos tirar os coletes salva-vidas, pois eles estavam amarrados e para tirar os nós deu muito trabalho", relatou, após ter chegado ao Terminal Marítimo de Salvador.

Moradora da Ilha de Vera Cruz, a administradora que trabalha em Salvador, precisa fazer a travessia todos os dias. Segundo ela, a embarcação Cavalo Marinho I é considerada pelos passageiros como a pior. "Essa lancha é toda torta. É a pior que existe. Todo mundo tem medo de viajar nela. Inclusive, várias pessoas deixaram de fazer a travessia quando viram que era essa embarcação", disse.

"Botaram o pior barco para sair 6h30. Foi questão de dez minutos que saímos de Mar Grande e a embarcação virou. O que acredito que aconteceu foi o peso do povo, quando começou a chover, todo mundo foi para um lado, que foi o lado que a embarcação virou. Os botes caíram dentro da água, a gente conseguiu pegar alguns. Outra pessoas, infelizmente, não tiverame essa sorte. Eu acredito que morreu muita gente. Foi terrível", contou Meire.

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