Diretoria do Sinposba rebate denúncias feitas por grupo de oposição

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia (Sinposba), Antônio José Santos, emitiu uma nota rebatendo as acusações feitas por um grupo contrário à sua gestão. Conforme reportagem publicada pelo Bocão News, os denunciantes apontam que os gestores teriam organizado um esquema para extorquir donos de postos de combustíveis e se apropriarem de créditos indevidos dos em empregados em 400 ações trabalhistas de cumprimento de convenção coletiva.

"Os péssimos patrões proprietários de alguns postos de combustíveis da Bahia, fraudadores de direitos trabalhistas, inconformados com as diversas derrotas na Justiça do Trabalho em ações de cumprimento que geraram altas multas, investem para desgastar a imagem do Sinposba, financiando alguns diretores da própria entidade, fantasiados de oposição", diz o presidente, por meio de nota.

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Segundo ex-presidente e diretor tesoureiro do sindicato, Antônio Manoel Ferreira, um dos denunciantes, o escritório de advocacia Washington de Oliveira Luz, contratado pelo Sinposba, cobra de 37% a 67% de honorários sobre o valor recebido nas ações laborais e os reclamantes recebem valores menores do que têm direito. Além do percentual, considerado ‘exorbitante’ segundo o estatuto da classe, a assessoria jurídica deve ser prestada gratuitamente aos associados. Ele diz ainda que é indevido o desconto a título de honorários advocatícios ou qualquer desconto nas ações trabalhistas em favor dos associados.

De acordo com a nota da entidade, medidas judiciais e policiais cabíveis "estão sendo executadas para frear a bestialidade insana dos irresponsáveis que disseminam calúnias e difamações contra o presidente do sindicato, diretores que discordam de suas posturas subservientes aos patrões e advogados que cumpriram suas obrigações profissionais, não sucumbindo às suas posturas pelegas".

"Panfletos sem assinaturas, cartazes e boletins levianos que tentam distorcer com inverdades a vida financeira da entidade e as atitudes transparentes e totalmente documentadas da diretoria do Sinposba, que necessitou recorrer à empréstimos em 2014 para fazer a luta da categoria na greve e em momentos de colapso, provocado pela ira patronal, com o não repasse dos valores arrecadados das mensalidades dos associados, tentando sufocar o sindicato dos trabalhadores, não vão calar as denúncias de que essa turma é patrocinada pelos patrões incomodados pelas constantes derrotas e a postura honrada e inegociável de diretores classistas na luta por direitos", rebate o atual presidente do Sinposba.

A diretoria do sindicato também aponta que, "mesmo com a discordância desses diretores pelegos", já ajuizou mais de 400 ações contra as empresas "por não terem implantado a CIPA, conta-salário bem como para rever direitos individuais dos funcionários, configurando a marca dessa gestão de cobrar respeito à CCT, aos trabalhadores e seus direitos constantemente violados".

"Foram inúmeros Termos de Ajuste de Conduta (TAC) celebrados no Ministério Público do Trabalho (MPT) com o objetivo de acordar uma conduta respeitável, no entanto, alguns patrões insistiam, e ainda insistem, em não cumprir a convenção gerando essas ações", destaca o comunicado da direção da entidade.

Segundo o Sinposba, já foram vencidas e estão sendo executadas "mais de 200 ações coletivas beneficiando mais de 5 mil trabalhadores e trabalhadoras".

"A diretoria vem realizando, através de cheques, os pagamentos dos valores das multas normativas aos contemplados com as decisões judiciais, em sua sede em Salvador e na subsede em Feira de Santana, o que tem provocado o ódio de classe patronal", diz ainda a entidade.

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