Saúde

Governo afirma que não fez parceria com o IGH para a aquisição do Espanhol

Publicado em 10/05/2017, às 13h41   Caroline Gois


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Por meio de nota enviada ao site BNews, sobre a proposta de compra pelo Instituto de Gestão e Humanização da Bahia (IGH) do Hospital Espanhol, o Governo do Estado da Bahia afirnma que "o Estado não foi contactado em nenhum momento pelo Instituto de Gestão e Humanização da Bahia (IGH) e não há nenhum tipo de parceria para aquisição ou gestão do Hospital Espanhol, conforme insinuou o diretor da Coordenadoria de execução e expropiação do TRT-Ba, Rogério Fagundes.
Na terça-feira (10), Rogério Fagundes afirmou ao BNews, com exclusividade, que a única proposta que chegou foi a do IGH. "A empresa é o Instituto de Gestão e Humanização da Bahia (IGH). A proposta ainda não foi aberta, mas dia 31, caso a Justiça a aceite, ele passa a gerir o Espanhol", confirmou. Caso a Justiça não aceite a proposta, o Hospital irá à leilão no dia 7 de junho. O valor mínimo da proposta em primeiro momento será o valor da dívida, conforme o TRT. O IGH - Instituto de Gestão e Humanização é uma organização social e filantrópica, 100% SUS, reconhecida pelo Ministério da Saúde. Há 07 anos no setor, hoje conta com contratos nos estados de Goiás, Rio de Janeiro e Bahia, neste último atuando nas cidades de Salvador, em parceria com Estado e Município, Camaçari, Capim Grosso e Porto Seguro. Na capital baiana, o IGH é responsável pela administração das unidades de urgência e emergência pertencentes ao Município localizadas nos bairros da Boca do Rio, Pernambues, Pirajá e São Cristóvão, bem como mantém profissionais atuando nas unidades de Itapuã, Tancredo Neves, Periperi e no SAMU. Mantém contratos ainda com a SESAB, para administração da UPA Cabula e locação de profissionais no Hospital Roberto Santos, Unidade de Queimados e Nefrologia. 
Dívida milionária 
Enquanto cerca de 1.3 mil pacientes aguardam, diariamente, na fila da regulação e outros tantos lotam as emergências por falta de vagas, Salvador está há pouco mais de oito meses com um déficit que ultrapassa os 270 leitos. Isso porque um dos maiores hospitais da capital baiana fechou as portas após uma crise oriunda de má administração, cujo resultado foram demissões, transferência de pacientes e abandono dos prédios e equipamentos que prestavam serviço à saúde pública e particular na Bahia.
Há uma investigação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Ministério Público da Bahia (MP) que gira em torno de um empréstimo no valor de R$ 53 milhões feito pela Desenbahia em 2013, época da crise do hospital. Em 2014, uma reunião entre o Sindicato dos Médicos (Sindmed), representantes do Hospital e do Governo tentou salvar a instituição. Na sede do Ministério Público da Bahia (MP), no CAB, os ânimos foram de acusações sobre de quem é a culpa pela maior crise na saúde pública já vista no Estado.
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