Saúde

PGE estuda destrato com empresa de Félix Jr após atraso em obras do Couto Maia

Publicado em 30/06/2015, às 23h00   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)


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As obras para a construção e administração do Instituto Couto Maia (Icom), no bairro de Cajazeiras, estão paralisadas há cinco meses. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), o consórcio vencedor da licitação para a realização das obras e gerenciamento da unidade, formado pelas empresas MRM e SM Gestão Hospitalar, interrompeu as obras por falta de dinheiro. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) já foi acionada para avaliar a medida judicial a ser tomada e tem duas alternativas: romper o contrato firmado ou dar mais um prazo para a regularização da situação financeira. 
Coincidência ou não, também há exatos cinco meses, o PDT rompeu definitivamente com o governo do estado. O Bocão News apurou que a MRM, de propriedade da família do presidente da legenda na Bahia, Félix Mendonça Júnior, está tendo dificuldades desde o imbróglio político para receber os repasses da Desenbahia. 
O líder pedetista teria confidenciado a pessoas próximas que, mesmo com as dificuldades, concluir a obra era “questão de honra”. Ao perceber a dificuldade na liberação dos recursos, Félix Mendonça Júnior recorreu ao Banco do Nordeste do Brasil (BNB), conseguiu o capital, mas, ainda assim, depende da Desenbahia para materializar a capitalização e continua encontrando problemas. 
Questionado pela reportagem do Bocão News sobre uma possível retaliação do governo estadual, Félix Mendonça Júnior afirma que prefere não acreditar. 
“Não acredito em retaliação deste nível, até porque uma coisa é a atuação política minha e do PDT e outra coisa são as empresas da família, assim como a rádio é independente da posição política minha, não fazendo oposição sistemática a ninguém e mantendo uma linha de independência como todos podem perceber, também não esperamos e não acreditamos que haja nenhuma retaliação do governo”, afirmou Félix Mendonça Júnior. 
Estrutura física
Formado pelas empresas MRM e SM Gestão Hospitalar, o consórcio Couto Maia apresentou a melhor proposta financeira para gestão condominial, no valor de R$ 42 milhões anuais, montante estimado no edital de licitação do instituto especializado em doenças infecciosas e parasitárias.
O consórcio vencedor ficará responsável pela construção do hospital, pela manutenção predial e dos equipamentos, pela segurança, limpeza, higienização e fornecimento de alimento para os médicos e funcionários.
O Governo do Estado da Bahia, por sua vez, será o responsável pela disponibilização da equipe médica e entre as doenças que poderão ser tratadas na nova unidade estão hanseníase, meningite e leptospirose.
O ICOM vai dispor de uma área construída de 23.000,00 m² e contará com 155 leitos de internação, sendo 30 deles de UTI’s. Prestará atendimentos de urgência e emergência, além de assistência ambulatorial.
A estimativa de investimentos é da ordem de R$ 97,3 milhões para aquisição dos equipamentos e construção do hospital, que funcionará em Cajazeiras.

Classificação Indicativa: Livre

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