PT acusa Sergio Moro de omitir valor milionário da campanha

O PT apresentou, nesta quarta-feira (13), à Justiça Eleitoral um pedido de cassação e inelegibilidade de oito anos contra o senador Sergio Moro (UB). No documento, o Partido dos Trabalhadores acusa o ex-juiz de ter omitido R$ 21,6 milhões da campanha eleitoral do ano passado. As informações são da coluna de Guilherme Amado no site Metrópoles.

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De acordo com a publicação, o PT citou em suas alegações finais, enviadas para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, trechos de um livro de Moro, para tentar apresentar contradições do ex-juiz. “O juiz Moro não teria qualquer piedade em condenar as ilicitudes cometidas pelo candidato Moro”, disse a defesa do PT.

O PT ainda acusa Moro de ter omitido R$ 21,6 milhões em sua campanha eleitoral. Desse total, R$ 4,8 milhões pagas e outras R$ 16,8 milhões contratadas e que ainda não foram quitadas. O valor é superior ao limite de gastos de campanha para senador, equivalente a R$ 4,4 milhões.

Ainda segundo o partido, Moro teria antecipado gastos eleitorais de maneira ilegal e transferiu a estrutura de sua pré-campanha para a presidência da República pelo Podemos para o União Brasil, quando Moro tentou disputar uma vaga na Câmara dos Deputado e, em seguida, para o Senado.

“Não há, enfim, nenhum argumento minimamente factível e razoável que permita a esta Corte ignorar que essa verdadeira farra com recursos do Fundo Partidário. Mais: às vésperas de um novo período de pré-campanha municipal, teria esta Corte que fixar o precedente perigosíssimo de que o ‘vale-tudo’ é permitido e premiado na pré-campanha. Ou pior, que esse limite não se aplica a apenas alguns candidatos e não a outros, algo que o juiz Moro certamente repudiaria”, diz trecho do documento.

Além do PT, o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusa Moro pelos seguintes crimes eleitorais: abuso de poder econômico, arrecadação e gastos eleitorais ilícitos, além de mau uso dos meios de comunicação. As duas ações tramitam em um só processo e pedem a cassação do ex-juiz e que ele fique inelegível por oito anos.