Política

Odebrecht pagou propina de R$ 23 milhões a Paulo Roberto Costa

Imagem Odebrecht pagou propina de R$ 23 milhões a Paulo Roberto Costa
O juiz Sergio Moro, que conduz o processo, pretende agora, incriminar os corruptores  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 02/10/2014, às 08h39   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirma ter recebido da Odebrecht, empreiteira presidida por Marcelo Odebrecht, a soma de US$ 23 milhões, o equivalente a R$ 58 milhões, em conta na Suíça entre 2010 e 2011. De acordo com o site Brasil 247, a informação teria sido divulgada por investigadores da Operação Lava Jato, segundo reportagem de Mario Cesar Carvalho. 
Costa era responsável pela obra da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, quando a empreiteira de Marcelo Odebrecht obteve um contrato de R$ 1,48 bilhão, em consórcio com a OAS. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União também apontou que a Camargo Corrêa, Odebrecht e OAS superfaturaram seus contratos na obra de Abreu e Lima em R$ 367,9 milhões.
Acusado de envolvimento no esquema comandado pelo doleiro Alberto Youssef, preso pela PF, de lavagem de dinheiro e pagamento de propina a servidores, Costa fechou um acordo de delação premiada e passou a cumprir prisão domiciliar desde a tarde de ontem.

Recursos devolvidos
Como parte do acordo de delação premiada, os recursos recebidos como propina por Paulo Roberto Costa serão devolvidos ao estado brasileiro. Ainda conforme a publicação, embora a Odebrecht negue ter feito o pagamento, será possível rastrear, com facilidade, a origem dos recursos. Um dos pontos do acordo diz que, caso esteja mentindo, Costa perderá todos os benefícios da delação premiada e voltará à prisão. Ontem, ele saiu da cadeia, no Paraná, e foi levado ao Rio de Janeiro, onde ficará em prisão domiciliar.
O juiz Sergio Moro, que conduz o processo, pretende agora, incriminar os corruptores. A Odebrecht é hoje uma das maiores empreiteiras do País, ao lado de outros nomes também citados na Operação Lava-Jato, como OAS, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão.

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