Vereadores acusam prefeito de Santo Amaro de boicotar sessões

Publicado em 16/09/2014, às 15h54 Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)

Insatisfeitos com a administração do prefeito de Santo Amaro, Ricardo Machado (PT), alguns vereadores da base do petista mudaram para a oposição. Em contato com o Bocão News, o edil Justino Oliveira (PSD) acusou o gestor santoamarense de boicotar a votação da nova mesa diretora da Câmara de Vereadores.

Segundo o peesedebista - que sempre fez oposição ao petista - dez dos 14 vereadores querem a renovação da presidência da Casa devido ao descontentamento da gestão do vereador Artur Neto. Na tentativa de antecipar a votação da mesa diretoria prevista para o dia 15 dezembro, o oposicionista afirma que o prefeito teria mandado cortar a energia da Casa na última segunda-feira (8), quando ocorreu a votação do projeto de resolução que antecipa a eleição para esta segunda-feira (15).

"Foi o cúmulo do absurdo. O prefeito cortou a energia e tivemos que fazer um 'gato' para continuar a votação e mesmo assim aprovamos o projeto. Mas o prefeito vem ameaçando os vereadores que agora fazem oposição de demitir os cargos comissionados deles. ele está fazendo terrorismo na cidade", afirma.

Ainda segundo o edil, o petista tem obrigado os servidores da prefeitura de trabalharem até às 14h para que após esse período façam campanha para os candidatos apoiados pelo prefeito.

"É uma gestão cheia de irregularidades, com processos de superfaturamento, contratos de obras sem licitação e fraude de documentos públicos. Os vereadores acordaram e a população também", reforçou o oposicionista.

Em 2009, Oliveira apresentou denúncia na Controladoria Geral da União (CGU) contra o prefeito Ricardo Machado que gastou em reformas de 34 escolas R$ 2.570.443,10. No mesmo ano, o Tribunal de Contas dos Municípios julgou procedente a denúncia de contratação irregular da empresa ODM Transportes Ltda, que presta serviços de transporte escolar, no importe de R$ 331.650,00. À época, o gestor, em sua defesa, não conseguiu comprovar as razões da escolha específica da empresa, nem apresentou o processo licitatório realizado para a contratação.

A reportagem tentou contato com o prefeito por meio de sua assessoria de comunicação que não retornou às solicitações do site.

Em sua página no Facebook, o prefeito escreveu: