O dia na política da Bahia foi agitado por conta da revelação prematura do governador Jaques Wagner de que o candidato do PT ao Governo no ano que vem seria o secretário da Casa Civil, Rui Costa. E foi especialmente movimentado para aqueles que foram preteridos na escolha. Para tentar juntar os cacos e tentar uma estratégia de última hora, eles se juntaram na noite desta quinta-feira (28).
Em um restaurante de Salvador, o secretário de Planejamento José Sérgio Gabrielli, o senador Walter Pinheiro e o presidente do partido, Jonas Paulo, se sentaram à mesa para avaliar a extensão de danos das palavras surpreendentes do governador aos jornalistas pela manhã. O encontro, fechado, não tem hora para acabar e nem mesmo o mais bem informado petista arrisca dizer o que o trio decidirá.
Um bom palpite, porém, pode ser a criação de uma “tropa de choque” de última hora: uma aliança Gabrielli-Pinheiro para fazer frente ao governador e seus seguidores, todos apoiadores das vontades de Wagner. O primeiro traria o respaldo da direção nacional, enquanto o segundo tem grande apelo popular, de base e de número de votos – de todos os pré-candidatos é o que tem mais votos certos.
A dois dias da data da provável decisão unificada do partido, a interpretação é a de que não há tempo a perder. Depois da reunião, haverá cerca de 24 horas apenas para decidir que estratégia seguir no dia do encontro do partido, no sábado (30), data já anunciada como o limite da decisão. Uma reviravolta nas expectativas, portanto, é possibilidade real.
Nota originalmente postada às 22h do dia 28
