Política

Restam dois: Félix Júnior admite que pode deixar o PDT

Imagem Restam dois: Félix Júnior admite que pode deixar o PDT
Partido está em crise no plano federal e debandada de deputados não está descartada   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 16/09/2013, às 19h55   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)


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O Ministério do Trabalho instaurou uma sindicância para apurar as denúncias apontadas pela Operação Esopo, da Polícia Federal, que revelou um suposto esquema de fraudes envolvendo a pasta comandada por Manoel Dias e o Instituto Mundial de Desenvolvimento e da Cidade (IMDC), sediado em Minas Gerais.

As novas acusações chegam em momento delicado do partido e podem provocar o esvaziamento da legenda que tem no seu DNA o ex-governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola. Os 26 deputados federais pedetistas terão reuniões com a cúpula do partido nestas terça (17) e quarta-feira (18).

Em conversa com a reportagem do Bocão News, Félix Júnior, revelou que a insatisfação é grande na bancada e não descartou a possibilidade de deixar o abrigo político. “Tudo vai depender desta reunião. A bancada federal tem a consciência de que o partido vai ficar isolado do governo”, afirma.

O PDT elegeu quatro deputados federais em 2010. José Carlos Araújo já deixou a sigla e procurou abrigo no guarda-chuva de Otto Alencar. Marcos Medrado se licenciou para cuidar de assuntos pessoais, depois voltou e agora anuncia a saída para o Solidariedade, novo partido em processo de criação tendo como cacique o também deputado federal Paulinho da Força, ex-PDT.

O parlamentar defendeu a saída dos representantes da sigla do Ministério do Trabalho. Em uma espécie de meaculpa, Félix Júnior avalia que a maneira como as alianças vêm sendo feita está equivocada. “O partido pode até apoiar um governo, mas seria melhor não ter o ministério. O governo dever ser composto de forma diferente. Esta é uma maneira questionável de aliança. Ficaríamos mais felizes caso fosse adotada nossa política de educação”, analisa.

De acordo com Júnior, a bancada não tem sido ouvida e tem ficado relegada em segundo plano. Não especificou se quem negligencia é o governo federal ou a própria direção do partido. Deixou claro, contudo, que a “crise” não passa pelo governo estadual. O que se sabe é que todo o núcleo duro dos pedetistas estará no Distrito Federal nestes dois dias. Da Bahia, o presidente da Assembleia Legislativa e pré-candidato ao governo do Estado, Marcelo Nilo confirmou presença.

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