Política

CUT tenta poupar Dilma, mas o jogo não é bem assim

Imagem CUT tenta poupar Dilma, mas o jogo não é bem assim
Centrais sindicais são vinculadas a partidos e discordam da blindagem  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 11/07/2013, às 10h38   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)


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As centrais sindicais que organizam o Dia Nacional da Luta nesta quinta-feira (11) apresentaram pauta unificada, contudo, as divergências entre os grupos são claras.

As centrais acabam sendo extensões dos partidos políticos e cada uma delas tem a atuação marcada consorciada com a legenda de origem. A CUT, maior central, congrega 2.169 sindicatos, são mais de 2.6 milhões de filiados.

O presidente é Vagner Freitas, ligado aos bancários de São Paulo, é petista. Os dirigentes da entidade trabalharam na última quarta-feira (11) para preservar a presidente Dilma Rousseff (PT).

De acordo com a Folha de São Paulo, em reunião com representantes de oito centrais sindicais envolvidas na manifestação, Freitas costurou um acordo para não transformar os atos em um movimento "Fora, Dilma" ou "Fica, Dilma".

À reportagem do impresso paulista, o presidente de sindicato afirmou que a liberdade de protesto não será violada, mas o objetivo do protesto não é esse. “existe uma pauta unificada, e o objetivo dela é que o governo atenda a reivindicação dos trabalhadores”.

Deputado federal Paulo de Freitas da Silva (PDT), o Paulinho da Força, que recebeu a alcunha por causa do vínculo com a Força Sindical, pensa diferente.

"Não dá para ir para a rua sem falar em inflação, na perda do poder aquisitivo, que ocorre no governo Dilma. O PT e a CUT querem enfiar goela abaixo essa história de plebiscito, que já foi até enterrado aqui na Câmara", declarou.

A Força Sindical é a segunda maior central. Estão associados 1.680 sindicatos e 1.046 milhão de filiados. A entidade recebeu 41.77 milhões de reais em 2012 referentes ao imposto sindical. A CUT recebe 45.67 milhões de reais.

A terceira maior é a União Geral dos Trabalhadores (UGT) com 1.044 sindicatos, com 848,9 mil. Ricardo Patah é o presidente. PSD e PPS dividem o comando da organização trabalhista.

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) é ligado ao PCdoB, enquanto a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) é do PMDB.

Classificação Indicativa: Livre

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