Publicado em 07/07/2013, às 13h00 Redação Bocão News (twitter: bocaonews)
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José Serra parece decidido a deixar o ninho tucano. Na condição de um dos mais antigos coordenadores do PSDB, o ex-prefeito de São Paulo não consegue reunir a força necessária para derrotar internamente o senador Aécio Neves.
A consolidação da candidatura de Neves à presidência em 2014 tira o ex-prefeito de São Paulo da jogada. Ao menos, dentro do partido em que fez história. Diante disso, Serra não esconde o flerte com Roberto Freire, presidente do PPS que trabalha pela criação do Mobilização Democrática (MD).
De acordo com a colunista da Folha de São Paulo, Vera Magalhães, o ex-governador de SP se mostrou entusiasmada com uma pesquisa divulgada no Paraná em que aparece empatado com Marina Silva (Rede) em segundo lugar, com desempenho melhor que o de Aécio Neves (PSDB).
Conforme o publicado pela colunista do impresso paulista, na conversa com Freire, Serra repisou a tese de que a oposição se beneficiará de um número maior de candidatos, e demonstrou consciência de que não teria espaço para disputar a Presidência pelo PSDB.
A iniciativa, contudo, parece fora de hora. Isso porque, em tese, os partidos de oposição tais como o PPS – que pode virar MD, ainda não virou – aguardam ansiosos a movimentação de legendas da base governista. Na avaliação de quadros destas siglas, seria melhor sair com Eduardo Campos (PSB) que com uma candidatura própria, por exemplo.
A saída de Serra do PSDB também não acontecerá neste momento. Caso venha a ocorrer, a expectativa é que deixe para última hora, ou seja, em setembro. Na boca do limite permitido pela lei eleitoral para migrações.
Neste cenário é preciso que o MD consiga aquilo que projetou. Nascer com musculatura para bancar uma candidatura à presidência. A colunista da Folha, no entanto, joga um balde de água fria nos interessados. Ela conseguiu apurar que dos 25 deputados federais esperados, a nova associação deve contar com apenas quatro.
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