Política

Servidores municipais fazem protesto silencioso na Câmara

Imagem Servidores municipais fazem protesto silencioso na Câmara
Trabalhadores querem que prefeito ACM Neto apresente proposta de reajuste salarial  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/05/2013, às 07h52   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)


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Após serem protagonistas da sessão ordinária da última quarta-feira (15), quando vaiaram o vice-líder Léo Prates (DEM), fazendo com que a sessão acabasse precocemente , os trabalhadores da prefeitura de Salvador voltaram ao plenário da Câmara Municipal, nesta segunda-feira (20), para protestar e pedir reajuste salarial.
Ao contrário do que aconteceu na última sessão, desta vez, o protesto foi em silêncio. Os servidores municipais ocuparam as galerias da Casa Legislativa, ainda inconformados com o término da sessão da quarta-feira. Com adesivos de greve na boca, os manifestantes criticaram os vereadores da base de Neto e viraram as costas para o plenário.
“Na quarta-feira, os vereadores da situação esvaziaram o quórum só porque vaiamos um deles. Se não podemos falar, se não podemos fazer as nossas reivindicações nesta Casa que dizem que é do povo, hoje faremos um protesto mudo”, declarou Everaldo Braga, diretor do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador.
O líder da bancada de oposição na Câmara, o vereador Gilmar Santiago (PT), se colocou ao lado dos trabalhadores e criticou a retirada de quórum dos governistas para “abafar” o protesto dos servidores. 
“Acredito que este debate tem que ser feito com galeria cheia, sem sair para esvaziar o quórum. Quem tem maioria tem que ficar no plenário, argumentar e não sair para acabar a sessão”, afirmou Gilmar Santiago.
Não adiantou. Logo em seguida, o próprio líder da bancada governista, Joceval Rodrigues (MD) pediu a verificação de quórum e a sessão acabou por número insuficiente de vereadores no plenário.  Joceval, ainda, mandou um recado para o petista.

“Gilmar Santiago, vamos parar de reclamar quando eu peço verificação de quórum. Na semana passada, quando foi do interesse da oposição, o quórum foi retirado antes mesmo da sessão começar”, rebateu Joceval Rodrigues.
Fim do silêncio
Se o protesto era mudo, a barreira do silêncio foi vencida quando o vereador que estava presidindo a sessão, Carlos Muniz (PTN), anunciou que não havia quórum para continuar a sessão.
Com a saída dos vereadores do plenário, os servidores municipais deram som ao protesto, chamaram de “vergonha”, mas esta retirada de quórum, e prometeram, mais uma vez, voltar para continuar o protesto na sessão da próxima terça-feira (20).

Nota originalmente postada às 18h do dia 20

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