Política

Carballal é acusado de exigir abono de funcionários e alega inocência

Imagem Carballal é acusado de exigir abono de funcionários e alega inocência
Segundo o MP, vereador teria usado recurso dos trabalhadores em campanha  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 13/05/2013, às 12h38   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)


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O Ministério Público da Bahia ajuizou uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o vereador Henrique Carballal (PT). o MP ainda entrou com pedido liminar de bloqueio e salário e indisponibilidade de bens contra o vereador. Em contato com o Bocão News, o vereador alega que é inocente e que provará na Justiça.
De acordo com Carballal, a denúncia foi feita por um ex-assessor do seu gabinete, Alex Emanuel, que "vem fazendo uma série de manifestações contra o mandato". A investigação começou quando uma representação foi encaminhada ao MP contra o vereador, dizendo que ele teria se apossado de vencimentos de alguns de seus assessores nos anos de 2009 e 2010. 
"Quando se trata da honra de uma pessoa, é preciso que se tenha mais cuidado. Não recebi nenhuma notificação da Justiça, confio no Ministério Público, mas isto não é verdade e irei provar. Esse ex-assessor fez uma série de denúncias infundadas e, inclusive, perdeu uma ação trabalhista que ajuizou contra mim. No final, tudo ficará esclarecido e serei inocentado de todas estas acusações", defende-se Henrique Carballal.
Se o vereador tem certeza da sua absolvição, para a promotora do Ministério Público, Rita Tourinho, existem elementos suficientes para considerá-lo culpado. 
Além de alegar que Carballal nomeou assessores que não trabalhavam apenas para ficar com os salários, informou que, caso a liminar seja concedida, serão descontados 50% dos vencimentos do vereador na Câmara Municipal de Salvador. Caso a liminar não seja concedida ou o valor obtido seja insuficiente, o MP pede a indisponibilidade de bens acionados no valor mínimo de cerca de R$ 1,3 milhão.
Um assessor que constava na lista mora em Brasília no período investigado. Carballal justifica que é possível prestar serviço  mesmo estando em outra cidade. "Se isso fosse suficiente para apontar alguma irregularidade, nenhum assessor de imprensa poderia ser contratado para em outro município, por exemplo. É um absurdo o que estão querendo apontar como irregularidade e a Justiça provará isso", alegou.
De acordo com Rita Tourinho, a denúncia não parece ser tão absurda assim. "Ficou comprovado que o acionado, no final de 2009, exigiu que seus assessores entregauessem parte do abono percebido pelos mesmos, como forma de auxílio com os custos da campanha", justificou a promotora.

Nota originalmente postada às 19h do dia 13

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