O caso de amor de João Henrique com o PP tem data marcada para acabar, segundo confidenciaram amigos próximos ao prefeito de Salvador. De acordo com o colunista Jairo Costa, do Correio, até o fim do mandato, ele continua na legenda, mas depois de 1º de janeiro parte em busca de outro barco para navegar com olhos fixos em 2014, ao passo que tenta consolidar sua carreira de radialista. O colunista ressalta que segundo fontes, João tem reclamado que os caciques do partido não cumpriram o que prometeram. Conforme a publicação, quem encabeça a lista de queixas é o deputado federal João Leão, que ganhou apoio do Thomé de Souza para disputar a sucessão na capital, mas desistiu e tirou de João a chance de ter quem defenda sua gestão quando se intensificarem os ataques dos prefeituráveis no rádio e na TV. “Ele acha que, no fim das contas, o PP serviu apenas dar tempo de televisão aos petistas”, disse um dos mais íntimos colaboradores do prefeito.
Já na lista de insatisfações de João Henrique com o PP, estão ainda o deputado federal Mario Negromonte, que perdeu o Ministério da Integração Nacional sem levar para a prefeitura as verbas que havia prometido, e o ex-secretário de Transportes e Infraestrutura, José Mattos, que garantiu colocar o metrô para rodar, mas deixou a pasta para a aventura perdida de ser candidato a vice-prefeito de Nelson Pelegrino (PT).
Segundo Jairo, de quebra, Mattos ainda deixou para o prefeito o ônus pelo reconhecimento de uma dívida de R$ 700 milhões com os empresários de ônibus, ainda mal explicada, e pelo aumento de R$ 0,30 na tarifa pouco antes de sua saída. Depois de reavaliar, João confidenciou aos amigos que viu a ficha cair: o casamento com o PP, segundo o prefeito segredou, só foi bom para os caciques baianos do PP. Em 2013, sem mandato, poderá ir para onde quiser, sem arranjar problemas com a legislação eleitoral.
