Política

João Henrique culpa "forças do atraso" pela suspensão da Louos

Imagem João Henrique culpa "forças do atraso" pela suspensão da Louos
Para prefeito, antagonistas estão fazendo com que a cidade não se desenvolva  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 24/07/2012, às 13h46   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)


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O prefeito João Henrique, em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (23), na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), pediu o apoio dos empresários, da imprensa, e “de todos que têm compromisso com Salvador” para combater os adversários que, segundo o prefeito, estão impedindo o desenvolvimento econômico da cidade. De novo elas: “as forças do atraso”. O clima de “insegurança jurídica” instaurado na cidade com a suspensão dos efeitos da Lei de Ordenamento, Uso e Ocupação do Solo (Louos) está fazendo com que, na opinião de João Henrique, a cidade perca investimentos para outras capitais nordestinas.

Setores da imprensa, o cantor Caetano Veloso, integrantes da oposição e até o promotor que decidiu suspender a Louos foram colocados “no barco” das forças do atraso. João Henrique lamentou o processo de “judicialização”, que, para ele, está retardando o crescimento da cidade. O Clube Português, as obras dos canais do Imbuí e da Avenida Centenário, o Aeroclube, a derrubada das barracas de praia da orla marítima e a construção da praça da Ribeira foram citados como exemplo de como as “forças do atraso estão impedindo que a cidade melhore”, alega o prefeito.

Aos críticos, palavras duras.  “Elas (as forças de atraso) fazem críticas repetitivas e medíocres”. O tom de desabafo beirando o “choro” da coletiva concedida pelo prefeito revelaram a insatisfação, com a suspensão dos efeitos da Louos, pela perda de investimentos, como o hotel Marriot, que seria construído pela PDG na Avenida Paralela com um investimento de R$ 200 milhões.

“E vocês pensam que esses empreendimentos não serão construídos? Vão ser ou em Fortaleza ou em Recife. Tudo por causa das forças antagônicas do atraso. Estamos perdendo investimento para outras cidades do nordeste. E depois falam que as orlas dessas cidades estão lindas. Não estão deixando a cidade crescer e se desenvolver”, bradou João.

Na lista das perdas feita pela equipe da prefeitura com a suspensão da Louos, ainda estão 20 mil empregos diretos, 60 mil indiretos, R$ 80 milhões em ITIV (Imposto Sobre a Transmissão Intervivos) e R$ 20 milhões em IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana).

Louos com “a cara do PDDU”

Aprovada por uma manobra da bancada da situação na Câmara Municipal de Salvador
, em 29 de dezembro de 2011, a lei promoveu uma ampla reforma no PDDU: inclui a elevação do gabarito das construções em diversas zonas da cidade, supressão do Parque Ecológico do Vale Encantado e alteração no Sistema de Áreas de Valor Ambiental e Cultural (Savan).

Matéria originalmente publicada às 19h46 do dia 23/07.

Foto: Roberto Viana// Bocão News

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