Política

Petrobras lança plataforma construída na Bahia

Imagem Petrobras lança plataforma construída na Bahia
Diretores da companhia garantem que não haverá “desmanche” de canteiro  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 13/07/2012, às 08h18   Luiz Fernando Lima (Twitter: @limaluizf)


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Após 30 anos importando e alugando plataformas perfuradoras, a Petrobras batiza nesta sexta-feira (13) , no canteiro de São Roque do Paraguaçu, em Maragogipe, a P-59. Na montagem foram investidos cerca de U$ 360 mil em 45 meses. Em agosto, a companhia inaugura a P-60. As duas plataformas perfurados serão utilizadas em campos exploratórios no Espírito Santo.

A P-59 é composta por um casco flutuante que pesa cerca de 11 mil toneladas, com três pernas retráteis independentes de 145 metros de altura cada e que podem movimentar-se para cima e para baixo por meio de sistema elevatório próprio (jack up). Será posicionada nas locações por rebocadores e as pernas serão apoiadas no leito marinho. Depois de fixada, a unidade permanece acima do nível da água, deixando o casco e os equipamentos de perfuração longe da movimentação das ondas do mar.

O gerente geral de construção e manutenção de poços, José Venâncio Lima, revela que a Petrobras é uma empresa que utiliza sondas, mas não é uma construtora deste tipo de equipamento. “Nós temos três tipos básicos de sondas de perfuração de poços: as terrestres – onde a Petrobras tem uma frota própria de 30%, e 70% é terceirizada; Águas profundas - onde nós temos cerca de 70 plataformas de construção de poços das quais 7 são próprias – e; Águas rasas – são 7 em atividade contando com as duas que entrarão em atividades e foram construídas aqui, todas são nossas”.

Venâncio destaca que as plataformas dedicadas à construção de poços em águas rasas, como a P-59, são cada vez mais raras no mundo. “O mundo não está fabricando muito este tipo de equipamento, porque a disponibilidade dos operadores em buscar isso está diminuindo. A Petrobras tem empreendimentos neste seguimento, e a companhia começou as suas atividades em águas rasas, para que se tenha uma ideia, a Petrobras tem algo em torno de 1.3 mil poços na faixa de água de profundidade entre cinco e 70 metros”, revelou.

A construção


A P-59 foi construída no canteiro de São Roque do Paraguaçu, de propriedade da Petrobras, onde também está em construção a P-60, unidade idêntica a ela, que deve ser concluída até agosto. Os contratos de construção das duas plataformas foram assinados em setembro de 2008 com o Consórcio Rio Paraguaçu. As unidades fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal.

As obras geraram cerca 2.100 empregos diretos no pico da construção, dos quais 50% vindos do Recôncavo Baiano, 25% de São Roque, 15% de outros locais da Bahia e 10% de outros estados. Na avaliação dos gestores, a conclusão da P-59 é um importante marco para indústria naval brasileira e representa a retomada da produção nacional deste tipo de plataforma, já que há quase 30 anos não eram construídas, no País, unidades autoelevatórias similares.

Com o término das obras surge a preocupação com a mão de obra ociosa na região, contudo, o gerente de implementação de empreendimentos da companhia, Rômulo de Miranda Coelho, destaca que os profissionais capacitados e formados nestas obras estão qualificados para trabalhar em qualquer outro lugar. O engenheiro ressaltou ainda que amanhã também será lançada a pedra fundamental do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, que certamente, precisará e utilizará os recursos humanos da região por um longo período.

Foto: Gilberto Júnior // Bocão News e Sílvio Silva // Agência Petrobras
Nota originalmente publicada às 18h do dia 12

Classificação Indicativa: Livre

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