Política

Malas de dinheiro foram entregues por Funaro a Geddel em sala VIP do Aerostar em Salvador

Polícia Federal/Divulgação
Delator disse que fazia as viagens em voos fretados ou em seu próprio avião  |   Bnews - Divulgação Polícia Federal/Divulgação

Publicado em 08/09/2017, às 14h27   Redação BNews


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Com delação premiada já homologada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), o corretor Lúcio Bolonha Funaro é um dos homens responsáveis pela derrocada do ex-ministro baiano Geddel Vieira Lima (PMDB), preso na manhã desta sexta-feira (8) pela Polícia Federal. A prisão do peemedebista ocorre após a PF ter encontrado, no âmbito da Operação Tesouro Perdido, terceira fase da Cui Bono, R$ 51 milhões em um apartamento no bairro da Graça, em Salvador. Nas malas e caixas, os investigadores encontraram digitais de Geddel e do agora ex-superintendente da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Ferraz, que também foi preso. 

De acordo com a petição apresentada à Justiça Federal pelo Ministério Público Federal requerendo a prisão dos dois peemedebistas baianos, Funaro relatou "expressamente" que fez várias viagens para entregar malas e sacolas de dinheiro "diretamente nas mãos" de Geddel numa sala VIP do hangar Aerostar no aeroporto de Salvador. 

Nos detalhes repassados ao MPF, o delator disse que fazia as viagens em voos fretados ou em seu próprio avião. Em duas ocasiões, passou por Salvador com "paradas rápidas" para entregar malas ou sacolas a Geddel quando seguia para Trancoso e Barra de São Miguel. 

Em sua delação, Funaro disse que Geddel teria recebido cerca de R$ 20 milhões quando passou pela Vice-Presidência de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal. Ao lado de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro, Geddel, como consta na peça do MPF e da Polícia Federal, teria manipulado alguns empréstimos do banco em operações relacionadas a empresas como Grupo Constantino, Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários S.A., Comporte Participações S.A., Marfrig, Seara, J&F, Bertin, JBS, Big Frango, Dinâmica Segurança Patrimonial, dentre outras. Nestas operações, o peemedebista teria agido "recebendo e dividindo valores também milionários oriundos das empresas beneficiárias.

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