Política

Álvaro Dias aposta em “eleição atípica” para surpreender em 2018

Publicado em 17/08/2017, às 22h40   Eliezer Santos


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Após 15 anos de militância no PSDB, o senador e pré-candidato do Podemos [antigo PTN] à presidência da República em 2018, Álvaro Dias (Paraná), acredita que o pleito rumo ao Palácio do Planalto poderá ser definido longe da tradicional polarização que está posta há anos. Em entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta quinta-feira (17), ele ainda ousou dizer que trilhará sua jornada sem lançar mão das costumeiras composições partidárias que dão sustentação na campanha eleitoral e no governo.

“Será uma eleição atípica, os palanques tradicionais perderam força, ganha força o conceito, o conteúdo e, sobretudo, o itinerário percorrido pelo postulante. Vai ser o eleitor com uma relação direta com o candidato, passando por cima das estruturas. Temos que fazê-lo sem os palanques estaduais”.

“É possível governar o Brasil sem o balcão de negócios, é preciso que o presidente tenha coragem de enfrentar o Congresso. Se há apoio popular há apoio do Congresso. A população apoiando, haverá apoio do Congresso”, acrescentou.

Segundo ele, o desgaste das figuras tradicionais culmina numa força crescente das forças de centro, que podem definir o encaminhamento da disputa.

“Quem se ocupar desse espaço de centro chegará ao segundo turno com alguém de extrema direita ou extrema esquerda. A extrema direita está desorganizada, mas está presente. É possível que o centro possa ter mais de um nome. O Podemos quer caminhar nesse espaço de centro, não ao capitalismo de direita e nem ao radicalismo de esquerda [...] eliminando essa dicotomia”.

Álvaro Dias ainda avaliou os nomes do ex-presidente Lula e do deputado federal Jair Bolsonaro que aparecem com certa expressão nas pesquisas de intenção de voto.

“As pesquisas não tem valor algum agora, só dizem respeito ao passado e não ao futuro. Tenho a impressão de que se formos às ruas as pessoas ainda não sabem em quem votar, não sabem quem ficará de pé, ainda não é possível saber quem poderá ser candidato, até porque a operação Lava Jato está em curso”.

“Temos que deixar de brigar com pessoas e lutar o contra o sistema, é preciso sepultar esse sistema que é a usina dos escândalos, vejo que vários partidos não querem isso. Só a eles, só aos cupins da República, interessa essa relação de balcão de negócios”, vociferou.

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