Fui ameaçado pela PF para fazer delação, diz dono do 'posto da Lava Jato

O doleiro Carlos Habib Chater foi o primeiro preso da Operação Lava Jato, após busca e apreensão no seu posto de combustíveis em 2014, cumprindo um ano e sete meses de prisão em regime fechado e um ano no semiaberto. De acordo com o UOL, Chater optou por não fazer delação premiada, mas afirma ter sido "ameaçado" pelo ex-chefe da Polícia Federal, Márcio Anselmo, para delatar.

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"Ele disse que me envolveria com o narcotráfico, que eu ficaria mais de 20 anos na cadeia, que me livraria [da prisão] em uma semana caso eu dissesse quem eram os agentes público ou os políticos que recebiam [propina] aqui [no Posto da Torre]", conta. O delegado Márcio Anselmo não se manifestou sobre as acusações de Chater.

À época, a PF apontou o Posto da Torre como o "caixa eletrônico da propina". O estabelecimento começou a ser investigado em 2008, após suspeita de lavagem de dinheiro do ex-deputado José Janene (morto em 2010). Ele cumpre pena em liberdade desde outubro.