Política

Otto Alencar comemora derrota do governo Temer: está liquidado

Publicado em 20/06/2017, às 14h36   Luiz Fernando Lima


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O governo Michel Temer sofreu um derrota na Comissão de Assuntos Sociais na manhã desta terça-feira  (20) durante a votação do texto-base da reforma trabalhista. 10 a 9 foi o resultado. Otto Alencar, senador da Bahia pelo PSD, comemorou o resultado. Afirmou que o governo está moralmente derrotado.

“Há muito tempo este governo está moralmente derrotado. E governo derrotado é governo liquidado. Uma das consequências disto é a derrota de hoje na comissão de assuntos sociais”, disse.

Otto afirma que três votos foram “virados” e comemorou a mudança de voto do senador Hélio José do PMDB de Goiás. “A fragilidade é grande. Tudo pode acontece na CCJ ( o  texto aprovado na Comissão de Assuntos Sociais foi o substitutivo de Paulo Paim – PT-RS). Mas é muito mais difícil reverter agora. Estou rouco de discursar em favor dos trabalhadores e comemoramos sim. Foi um vitória de quem defende os interesses das pessoas”.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado,  acusou a derrota governista, mas afirma que nada muda. Já que os textos votados nas comissões “servem como base para o que será deliberado pelo Plenário”.

Caso o substitutivo seja aprovado também na CCJ e plenário, a reforma volta para a Câmara dos Deputados. Impondo o desgaste aos parlamentares que já haviam aprovado o projeto do Executivo.

Temer tentou acordar com os senadores o envio de medidas provisórias para “corrigir” eventuais equívocos que poderiam ter no projeto inicial. Além disso, se comprometeu em vetar ao menos seis pontos polêmicos. A estratégia era poder sair vitorioso da votação e transparecer a normalidade institucional.

Contudo, como afirma a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), o governo não goza de prestígio ou credibilidade para que estes compromissos sejam levados a sério e foi neste contexto que senadores da base deixaram de votar.

Na análise dos dois senadores baianos, os colegas que defendem estas reformas não têm como se apresentar para suas bases eleitorais diante de tamanha sanha por atender interesses que não os dos trabalhadores. 

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