Política

Coronel dá nota 7 a Rui e Neto e faz críticas aos gestores: não gostam de gente

Publicado em 19/06/2017, às 18h49   Juliana Nobre


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Não é segredo que o atual presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Ângelo Coronel, buscou duas vias para garantir a eleição do Legislativo baiano. O grupo do prefeito de Salvador ACM Neto foi decisivo para a vitória do pessedista, já o governador deixou para os últimos segundos o apoio ao Coronel. Contudo, o presidente foi cauteloso ao avaliar a gestão dos dois. Em entrevista ao programa Se Liga Bocão, da rádio Itapoan FM, na noite desta segunda-feira (19), Coronel deu nota 7 aos dois.

No entanto, em conversa com o BNews, o presidente fez críticas aos dois gestores, exaltando a necessidade de uma terceira via para as eleições ao governo do estado em 2018. A principal crítica está relacionada à acessibilidade aos gestores. Segundo Coronel, Rui Costa peca na questão política e precisa dar mais atenção à base aliada. “O governador deveria tratar a Assembleia com mais carinho, os prefeitos com mais carinho, vereadores, lideranças, porque as obras são importantes, mas a maior obra de um ser humano é o carinho, é tratar bem as pessoas”, disse. O pessedista ainda completou: Ele [Rui Costa] vai até ficar feliz.

Em relação ao prefeito, Coronel seguiu a mesma linha. “Quem não depende de contato direto com os dois gestores, está a mil maravilhas. Mas quem depende do contato direto, os dois precisam dar mais acessibilidade às pessoas. As pessoas precisam pegar na mão do governador, do prefeito. E temos que torcer para que isso mude porque são dois homens novos e precisam gostar mais de gente”, disse ao BNews.

Ao defender a candidatura do PSD em 2018, Coronel mostrou números que podem mexer no tabuleiro eleitoral. "Não me canso de dizer que nosso partido é o maior do estado. Somos 83 prefeitos, 500 vereadores, sete deputados estaduais, cinco deputados federais, um senador. Defendo que o meu partido tenha candidatura própria. Por que não ser protagionista e não coadjuvante. Hoje o nome com maior densidade é o senador Otto Alencar. Ele reluta, mas podemos lá na frente ter uma candidatura própria", defendeu.

O que o PSD não quer é terminar como a candidatura do PCdoB à prefeitura de Salvador, em 2016. Quer apoio incondicional de um dos gestores. Caso não ocorra, quer, ao menos, balançar o processo eleitoral.

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