Política
Publicado em 18/06/2017, às 09h14 Redação BNews
Há um mês, a irmã do senador afastado Aécio Neves (PSDB) está presa. Além de Andréa Neves, a Polícia Federal deteu Frederico Pacheco, primo do parlamentar, e Mendherson Souza Lima, ex-assessor do senador Zeze Perrella (PMDB-MG). Nestes 31 dias, a rotina dos três, que já tiveram cargos públicos em Minas Gerais, mudou e agora eles passam os dias em celas pequenas, com quatro refeições diárias e banhos de sol.
Os três foram presos na Operação Patmos, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal no dia 18 de maio. Foram cumpridos 41 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão preventiva em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Maranhão e Paraná.
Segundo a Polícia Federal, a investigação partiu da delação de executivos do grupo J&F e da JBS, pertencente ao conglomerado. Nela, o senador afastado Aécio Neves aparece pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista para pagar a defesa dele na Lava Jato.
Andrea foi presa em casa, no condomínio Retiro das Pedras, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e levada no mesmo dia para o Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, na capital mineira.
Ela é suspeita de corrupção por ter pedido, segundo a investigação, R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, dono da JBS. Andrea também negociou a venda de um apartamento no Rio de Janeiro por R$ 40 milhões ao empresário. O dinheiro seria repassado a Aécio.
Nestes 30 dias, a irmã do senador Aécio recebeu a visita somente do marido, Luis Márcio Pereira, e dos advogados.
De acordo com a secretaria, Andrea tem participado da rotina da penitenciária, mas não pode trabalhar, já que o benefício é concedido somente a presas sentenciadas e a jornalista cumpre prisão preventiva – antes do julgamento. Apesar disto, ela tem participado de atividades psicoterapêuticas e cultos religiosos.
O advogado Marcelo Leonardo disse que espera o julgamento de um recurso pedindo a liberdade de sua cliente no Supremo Tribunal Federal (STF). A votação está marcada para a próxima terça-feira (20). Na última terça-feira (13), o Supremo manteve a prisão da irmã do senador por entender que ela ainda apresenta risco de cometimento de novos crimes.
Informações do G1
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