Na última segunda-feira (5), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgaram os dados do Atlas da Violência no Brasil. A pesquisa, que foi amplamente divulgada e discutida ao longo da semana, contém dados alarmantes e traz o ranking das 30 cidades mais violentas do País, dentre as quais, nove são baianas.
O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia – ADPEB/Sindicato, Fabio Lordello, pontua a inutilidade da discussão acerca da metodologia aplicada na pesquisa, conforme rebateu a Secretaria da Segurança Pública, alegando discrepância com a forma adotada pela pasta.
"O fato é que a atual política de segurança da Bahia, ao contrário do que diz a propaganda oficial, não possibilita uma resposta efetiva por parte das forças policiais, apesar de todo empenho e dedicação dos servidores, que vêm atuando de forma abnegada para cumprir a missão constitucional que lhes foi confiada”, afirma Fabio Lordello.
Lordello continuou: “reiteramos que enquanto o Governo do Estado mobilizar recursos de grande monta em bens e serviços de acesso restrito e não compreender que nas melhores práticas de gestão os investimentos devem ser vertidos para estruturas físicas, tecnológicas e capacitação daqueles que são responsáveis pela atividade-fim será muito difícil obter resultados diferentes dos que foram apresentados pela pesquisa”.
Ainda de acordo com Lordello, é imprescindível que o governador propicie o diálogo, dispense a devida atenção aos profissionais da segurança pública e assuma o protagonismo das políticas públicas de proteção à vida, apresentando novas modalidades de intervenção que possam modificar o trágico quadro de violência com o qual ora convive a sociedade baiana.
