Política

TSE: relator sobe o tom contra colegas sobre uso de delações premiadas em ação

Publicado em 08/06/2017, às 10h43   Redação BNews


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O ministro Herman Benjamin, relator da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), elevou o tom contra colegas durante a sessão que ocorre na manhã desta quinta-feira (8). O magistrado disse que "quem quiser rasgar decisão" do tribunal que determinou a investigação sobre a Odebrecht "que o faça sozinho". 

Iniciada às 9h20, a sessão ainda discute o uso das delações premiadas no processo em que a chapa responde por abuso de poder econômico e político. 

Até o momento, os ministros Herman Benjamin, Luiz Fux e Rosa Weber defendem que a questão das delações seja debatida no mérito. Gilmar Mendes, Napoleão e Admar se manifestaram por tratar o ponto como preliminar, rejeitando-o, inclusive. Tarcisio Vieira, por sua vez, pediu que o plenário batesse logo o martelo sobre como tratar a questão.

De acordo com análise do jornal Folha de S. Paulo, as manifestações dos ministros indicam placar de 3 a 3 no tribunal. Até agora, 3 dos 7 juízes indicaram apoiar a inclusão de depoimentos de ex-executivos da Odebrecht no processo: o relator, Herman Benjamin, Luiz Fux e Rosa Weber. Outros três sustentaram, em tom de crítica, que, se a Odebrecht entra na ação, a delação da JBS também poderia entrar: Gilmar Mendes, Admar Gonzaga e Napoleão Maia. O sétimo ministro, Tarcisio Neto, ainda não falou especificamente a respeito. 

Ato falho - Em um dos momentos da sessão, o ministro Herman Benjamin cometeu um ato falho ao se dirigir ao presidente da Corte, Gilmar Mendes. Ele chamou o colega de "presidente Michel T...". NO entanto, ao perceber o engano, brincou: "O outro também é presidente, embora réu aqui".

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