Política

Deputado afirma que Wagner prevaricou: somos palhaços de um circo chamado PT

Publicado em 28/05/2017, às 08h48   Redação BNews


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O ex-governador Jaques Wagner (PT), secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, declarou em entrevista para a Rádio Metrópole na manhã da última quinta-feira (25) que foi procurado pelo empresário Joesley Batista, sócio da JBS. Na ocasião, mais uma vez o petista deixou claro o quanto esse tipo de contatos faziam parte da rotina do governo e do atual governador, Rui Costa (PT). Inclusive, foi divulgado na imprensa nesta sexta – feira (26), que a campanha do governador Rui em 2014 recebeu doações da J&F Investimentos, holding que controla a JBS. O repasse no valor de R$ 823.152 foi feito em nome da Flora, empresa de cosméticos, limpeza e higiene pessoal que pertence ao grupo, destaca o deputado estadual Sandro Regis.
"Wagner parece meio confuso ou atrapalhado, este mês já soma duas entrevistas sofríveis em que não sabe o que dizer", disse. O demista lembra que, em entrevista ao programa Se Liga Bocão, da rádio Itapoan FM, o então governador confessou que prevaricou. "Pergunta à Odebrecht e a Cláudio Melo [ex-diretor de relações institucionais da empreiteira] por que ele não pegou a obra da Via Expressa. Ele não pegou porque alguém do meu governo, que não me interessa falar, parece que já tinha vendido a ele a obra na contrapartida de alguma grana. E eu digo: se você pagou adiantado, pagou mal pago, porque aqui vai ter licitação”, relatou Wagner.
Na segunda oportunidade, não menos estranha é a mais pesada: “Por isso que na campanha de Rui Costa não teve uma banda de conto da JBS. Ele procurava os políticos querendo comprar as pessoas. Passou por aqui, mas não teve sucesso comigo e nem com Rui. Passou aqui e ainda mandou recado: Eu sei que o senhor ficou devendo dinheiro de campanha”, afirmou o petista.
"Nas duas entrevistas, ficou clara a confissão dele de ter prevaricado. Quando um governante recebe a informação de que alguém no seu governo está praticando crime de corrupção ou é procurado para isso, ele tem o dever de mandar apurar e denunciar. Acionar os controles internos e envolver o Ministério Público e a polícia. Ele não o fez. Então o ex - governador, mais uma vez, confessou que prevaricou", prosseguiu. "Vamos refletir e analisar quantos serão os empresários e lobistas que o ex e o atual governador conversaram e impediram o procedimento ilícito? Ou será que estamos sendo os palhaços do pano de fundo de um circo chamado PT?", acrescentou o parlamentar. 
"O resumo é que o tesoureiro da campanha de Rui Costa, negou ter tido qualquer benefício financeiro de empresários. Enfim, se for chamado para prestação de contas será outra atrapalhada", finaliza Regis.
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Publicada originalmente em 27/05 às 8h48

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