Política

Direto de Brasília: quinta de plenário vazio e reuniões fechadas entre deputados

Publicado em 25/05/2017, às 16h45   Luiz Fernando Lima


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O governo Michel Temer (PMDB) está em seu pior momento e demonstrou fragilidade ao convocar as Forças Armadas para fazer a segurança durante os protestos da última quarta-feira (24). A revogação da medida era esperada desde a noite de ontem, contudo, veio em publicação extra do diário oficial desta quinta-feira (25). 
A gravidade da situação pode ser dimensionada através da quantidade de reuniões diferentes que vem acontecendo desde as primeiras horas desta madrugada e se arrastam ao longo de uma quinta morna no Congresso Nacional. 
A Câmara passou a manhã sem atividades e à espera da entrega do pedido de impeachment da OAB. Já o Senado aprovou projetos como o que regulamenta saque do FGTS de conta inativas e manteve uma sessão sem maiores problemas. Na avaliação de parlamentares ouvidos pela reportagem do BNews a permanência de Temer é tida como incerta. A tentativa de aprovar diversas medidas provisórias não trouxe ao governo a solidez esperada.
Neste sentido, crescem as elaborações de cenários nos quais cada grupo político olha para dentro de si e busca ter o maior ganho com cada uma das hipóteses possíveis. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), tem feito o discurso de lealdade, mas mantém conversas fechadas com lideranças do Democratas para avaliar o cenário e medir as possibilidades de assumir a presidência. Entre os atores da sala de Maia está o prefeito de Salvador ACM Neto.
No Senado, o nome que surge é o do presidente nacional do PSDB Tasso Jereissati. O senador fará um périplo pelo país em busca de apoio dentro do ninho tucano para se viabilizar. José Serra permanece "mergulhado" enquanto o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, pode engrossar a fileira de Jereissati.
*Editor de política do BNews direto de Brasília 

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