Política

Suíca diverge de outros petistas e critica voto em lista fechada

Publicado em 14/05/2017, às 11h41   Redação BNews


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O líder do PT na Câmara de Salvador, o vereador Luiz Carlos Suíca disse “outros golpes ainda virão” até as eleições de 2018. Ele aponta que as reformas propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB), como a Trabalhista e a Previdenciária, estariam sendo tratadas pela cúpula dos interventores com trocas de favores e de cargos para que deputados e senadores aprovem as peças. Suíca diz que mudanças nas regras das eleições seriam o próximo passo para beneficiar “os políticos que ficaram desgastados votando nas propostas eloquentes de Temer”.
“Empresários e políticos corruptos unidos para desmontar o Estado voltado para atender às demandas e necessidades do povo nos governos de Lula e Dilma. Em um ano eles destruíram tudo e agora vão aprovar essas reformas e depois se beneficiar com as mudanças eleitorais. Não tenho dúvida que vão aprovar uma reforma política para poderem se livrar da marca de golpistas, de interventores dos empresários e dos mais ricos deste país. O voto em lista seria uma dessas táticas. Inclusive, esse acordo já estaria em andamento”, aponta Suíca.
Uma das propostas que podem passar com facilidade no Congresso Nacional é o voto em lista, no qual os eleitores votariam apenas nos partidos, e essas siglas que escolheriam quem seriam​ os eleitos. “Essa questão do voto em lista é uma das artimanhas que esses políticos que hoje se beneficiam da perda de direitos dos trabalhadores garantissem suas reeleições. Acredito que as marcas de golpista e de corrupto serão difíceis do povo esquecer”, salienta.
A opinião de Suíca diverge da de outros petistas, que defendem o voto em lista fechada. Ex-líder do PT na Câmara, o deputado federal Afonso Florence já se disse favorável ao sistema. "Acabamos com o financiamento empresarial e temos de acabar com o financiamento individual de milionários. Também somos a favor do voto em lista”, declarou em outubro do ano passado, quando a comissão especial de reforma política foi instalada na Câmara.

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