Política

Mídia mostrou de forma equivocada a reforma trabalhista, diz sindicalista

Publicado em 28/04/2017, às 06h17   Cíntia Kelly


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Apesar de a reforma trabalhista ter sido aprovada na madrugada desta quinta-feira (27), a greve geral esta mantida nesta sexta-feira (28). Em toda a Bahia, 33 categorias devem cruzar os braços em protesto pelas reformas que estão em tramitação no Congresso Nacional.

É bom lembrar que aprovada na Câmara dos Deputados, a reforma trabalhista segue para o Senado, onde o governo também tem maioria. Apesar disso, o presidente da CTB, Aurelino Pedreira não acredita que as centrais sindicais perderam  timing. “A greve não acontece como um decreto. É um processo de acúmulo. Estamos vindo de uma crise política e estamos numa crise econômica forte. A sociedade está perplexa com tudo o que esta acontecendo. A mídia trabalhou as questão da reforma trabalhista de uma forma muito equivocada”, rebateu Pedreira.

Segundo ele, só no ano passado, aconteceu uma manifestação semanalmente. “Estamos nos manifestando desde o golpe”, disse Pereira em referência ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Para Pedreira, mais do que tirar os direitos dos trabalhadores, a Reforma Trabalhista “o direito do trabalho deixa de existir e surge o direito do empresário”. “Isso foi dito pelos próprios magistrados, que perdem a força  e deixam de ser mediador para reduzir conflitos entre empregado e empregador”.

Um dos pontos aprovados da reforma torna mais rigorosos os pressupostos para uma ação trabalhista, limita o poder de tribunais de interpretarem a lei e onera o empregado que ingressar com ação por má fé. Em caso de criação e alteração de súmulas nos tribunais, por exemplo, passa a ser exigida a aprovação de ao menos dois terços dos ministros do Tribunal Superior do Trabalho. Além disso, a matéria tem que ter sido decidida de forma idêntica por unanimidade em pelo menos dois terços das turmas, em pelo menos dez sessões diferentes.

Publicada originalmente dia 27 às 17h

Classificação Indicativa: Livre

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