Política

Trindade acusa Prates de transformar a Câmara em “curral da prefeitura”

Publicado em 27/04/2017, às 08h31   Victor Pinto


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O presidente da Câmara de Salvador, vereador Léo Prates (DEM) e o líder da oposição, Zé Trindade (PSL), entraram numa forte contenda durante a sessão desta quarta-feira (26). Após quatro pedidos de “questão de ordem”, instrumento utilizado pelos edis para realizarem questionamentos sobre o regimento, o pesselista fora informado que não teria mais o direito.

Trindade rebateu e Prates argumentou que no regimento consta o artigo que lhe garante o direito de não acatar “questão de ordem” caso seja utilizado para protelar a sessão. E sob essa justificativa não concedeu a palavra ao líder da oposição e mandou cortar o microfone. Após isso, Zé Trindade vociferou contra.

Logo após a contenda, o vereador Carlos Muniz (PTN), ao utilizar a tribuna, se compadeceu ao seu líder e saiu na defesa.  “O atropelo na votação não faz sentido nenhum nesse momento. Vocês estão no governo, tem certeza na vitória, mas que ela seja feita de forma democrática e não como querem fazer”, disse.

Ao ser concedido um aparte, Trindade foi pra cima de Prates. “O presidente está sendo um ditador nessa casa. Ele não tem o direito de cortar a palavra se for pedido questão de ordem (...). Ele está andando muito com o pequeno ditador e quer transformar essa casa num curral da prefeitura”, acusou e levantou a ira da bancada da oposição que saiu em sua defesa. 

Suíca chegou a chamar Prates de "Leonardo Mão de Tesoutras".

Prates, ao ouvir a metralhadora de críticas, se defendeu. Leu artigos que versam sobre o tema e argumento que há artifícios que o permitem cessar o uso de questões de ordem, caso haja o entedimento especulativo de procrastinação da sessão. 

A sessão desta quarta-feira (26) aprecia o projeto de lei que cria ao projeto Revitalizar.  

Publicada originalmente em 26/04 às 16h31 

Classificação Indicativa: Livre

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