Política

Moisés Rocha diz que investigadores ‘perderam o timing para prender Lula’

Publicado em 24/04/2017, às 21h41   Eliezer Santos


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No dia em que o juiz federal Sergio Moro, responsável pela Lava Jato em Curitiba, decidiu mudar a data do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vereador de Salvador Moisés Rocha (PT) avaliou que os investigadores já “perderam o timing” para reunir provas que pudessem culminar na prisão do líder petista.

“Estamos buscando provas há dez anos sobre o negócio de um sítio e de um tríplex. Todo aparato da Polícia Federal, do Ministério Público, da Procuradoria Geral da República... mas tem até outras perguntas que eu gostaria que respondessem. Eu queria também que tentassem descobrir de quem é o helicóptero da cocaína, de quem é o avião de Eduardo Cunha. Esse país parece que se concentrou em querer somente buscar culpas somente para o Partido dos Trabalhadores”, afirmou durante entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta segunda-feira (24).

“Eu que saber que país do mundo um helicóptero de um senador com meia tonelada de pasta base de cocaína cai e as pessoas não se dão o questionamento de procurar saber. Esse é um país que está sendo induzido a concentrar o erro em um partido só”, completou, referindo ao senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Apesar de defender a renovação no comando municipal do PT, em apoio à candidatura de Dani Ferreira para presidir o diretório da legenda em Salvador, Moisés Rocha insiste que Lula - até pela boa pontuação nas pesquisas – seja novamente postulante ao Palácio do Planalto em 2018.

“Lula é o melhor quadro que temos para fazer a disputa com reais possibilidades de vitória”. Rocha, porém, desconversou quando questionado sobre outro nome petista caso o ex-presidente seja preso e fique impedido de participar do pleito. “Isto é uma conjectura...acredito que eles perderam o timing prenderem Lula”.

O vereador, que ainda trava embate interno para evitar sua expulsão da legenda, avaliou que sem reforma política é nula a discussão sobre corrupção em campanhas eleitorais no país. “Com essa legislação estaremos debatendo com hipocrisia. Se continuar desse jeito, 2018 será a mesma coisa. Precisamos fazer combate sério no sistema político brasileiro”.

Durante a entrevista Moisés Rocha respondeu ainda sobre denúncia de que ele e outras lideranças de esquerda oferecem dinheiro para pessoas participarem de mobilizações nas ruas, como a da próxima sexta-feira (29) e ainda sobre o encontro de caravanas de movimentos sociais em uma churrascaria na BR-324 após manifestações.

“As pessoas perderam a noção de que o trabalhador tem seus direitos. É natural que parem para almoçar, comer, beber, tomar sua cerveja. Eu ando de cabeça erguida, nunca tive que pagar R$ 10, 20 para militância”, afirmou.

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