Política

Padilha é acusado de arrecadar R$ 11,5 mi nos 3 governos

Publicado em 18/04/2017, às 06h42   Redação Bocão News


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Delatores da Odebrecht afirmaram nos depoimentos que o ministro da Casa Civil do governo Michel Temer, Eliseu Padilha, pediu, recebeu e gerenciou propinas e caixa dois durante os últimos três governos federais, de acordo com a Folha.
Segundo a reportagem, de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), passando por Lula (2003-2010), até Dilma Rousseff (2011-2016), o atual chefe da Casa Civil foi, de acordo com as delações, o encarregado de arrecadar ao menos R$ 11,5 milhões junto à empreiteira.
Ainda de acordo com a publicação, Padilha é mencionado por pelo menos seis executivos, que lhe atribuem importância relevante no trato com o grupo baiano e o colocam em exposição maior em relação aos outros sete ministros de Temer que também são alvos de investigação em razão dos depoimentos.
O jornal detalha que ele é citado como autor de pedidos, cobranças ou recebimentos de propina vinculados a três obras: na Eclusa Lajeado, em Tocantins, na Trensurb, ferrovia do Rio Grande do Sul, e no aeroporto do Galeão, no Rio. Os delatores afirmam que as solicitações ocorreram como contrapartida por ajuda dada pelo hoje ministro em licitações que consagraram a Odebrecht vencedora.
Eliseu Padilha foi questionado pelo jornal sobre as acusações feitas pela Odebrecht e se limitou a dizer que tem confiança nas instituições do país. "O ministro disse que confia nas instituições brasileiras, razão pela qual registra que tem certeza de que com a abertura das investigações lhe será garantida a oportunidade para exercer amplamente seu direito de defesa", informou ele, por meio de sua assessoria de imprensa.
A Folha perguntou se ele recebeu algum dinheiro da Odebrecht e qual o seu papel nas licitações da Trensurb e do Galeão. A reportagem questionou ainda qual era a relação de Padilha com os delatores Marcelo Odebrecht, Claudio Melo Filho, Paulo Cesena, José Carvalho Filho, Valter Lana e Benedicto Júnior.
Ele não respondeu sobre seu papel na assinatura do contrato da Eclusa de Lajeado, em Tocantins, e nos serviços do seu escritório para a Odebrecht. Também não se manifestou sobre seu escritório aparecer como endereço de entrega de dinheiro. 

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