Suspeito de receber R$ 100 em caixa 2 na campanha para deputado federal em 2010 e de, em 2007, oferecer possibilidade de ajudar a interesses da Odebrecht na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o vice-governador da Bahia, João Leão (PP), afirmou que os delatores dizem “balela” em depoimentos.
“O cara diz que eu, como relator da LDO, ofereci alguma coisa. Primeiro, o que eu ofereci? Ele não diz nada disso. É balela”, garantiu.
Segundo o vice-governador, há uma estratégia dos delatores: citar diversas pessoas com vistas de diminuir as suas penas.
“Esses delatores querem botar cada vez mais pessoas nesse bolo para diminuir as penas. Botaram a Lídice, o [ACM] Neto, fulano... botaram uma série de pessoas. Eu e meu filho [o deputado federal Cacá Leão, PP] não temos nada, absolutamente nada a ver com isso”, garantiu.
Cacá Leão, segundo delações, recebeu R$ 50 mil da empreiteira baiana em 2014. Deste, R$ 30 mil através do setor de propinas da empresa – o Setor de Operações Estruturadas. O restante do dinheiro, R$ 20 mil, foi repassado oficialmente ao PP.
“O caso de caca é tão esdrúxulo. Ele recebeu tudo em caixa 1. Está tudo declarado”, defendeu Leão.
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Publicada originalmente em 17/04 às 18h41