Lorena acusa estado de jogar responsabilidade do Projeto Viver à prefeitura

A vereadora Lorena Brandão (PSC) criticou a proposta do governo baiano de reformulação do Projeto Viver, serviço especializado no atendimento a vítimas de violência sexual. Segundo ela, a mudança vai culminar no encerramento da atividade e, com isso, “o governo do estado quer jogar no colo da prefeitura a responsabilidade por atender às mulheres contempladas”.

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"O Centro de Referência Loreta Valadares não tem condições de, sozinho, atender toda essa demanda. Isso é uma irresponsabilidade e falta de prioridade da gestão estadual. O Viver, fundado em 2001, já atendeu a mais de 12 mil mulheres. Apelamos ao governador Rui Costa para que não feche o projeto, que tenha sensibilidade, que mantenha a equipa multidisciplinar que existe lá, capacitada para atender vítimas de violência", afirmou Lorena, ao acrescentar que já recebeu várias ligações e pedidos de mulheres atendidas na unidade, que funciona no prédio do Instituto Médico Legal, nos Barris.

Mais cedo, o secretário estadual de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), Carlos Martins, negou o encerramento da assistência prestada. "Posso garantir que o Projeto Viver seguirá em funcionamento e, com essa reformulação, vamos ter um atendimento de melhor eficácia, com tratamento digno para as crianças, adolescentes e mulheres vítimas desse tipo de violência", declarou.

Secretária municipal de Política para as Mulheres, Infância e Juventude, Taissa Gama confirmou que a prefeitura não tem condições de atender à demanda provocada com o fechamento do projeto Viver. "O estado precisa assumir a sua responsabilidade. Não pode simplesmente fechar um projeto tão importante como esse. O Centro de Referência Loreta Valadares já está, inclusive, recebendo dez mulheres de lá do Viver e já fomos avisados que a intenção do estado é mesmo encerrar o projeto".

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