Política

Produtor de Claudia Leitte alega inexperiência em CPI da Rouanet

Publicado em 28/03/2017, às 21h14   Redação Bocão News


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Durante a oitiva nesta terça-feira (28), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Federal sobre irregularidades em financiamentos da Lei Rouanet, o sócio-administrador da produtora Ciel, Claudio de Oliveira Inácio Júnior, alegou que as irregularidades imputadas às contas da cantora Claudia Leitte foram causadas “talvez por inexperiência” nas tratativas junto ao Ministério da Cultura (MinC). A cantora ignorou o prazo para devolver R$ 1, 2 milhão captado pela Lei Rouanet para uma turnê que teve a sua prestação de contas reprovada pelo MinC.

Claudio de Oliveira, que é irmão da cantora, não soube responder sobre os nomes das escolas ou instituições sociais que, pelo projeto, deveriam receber cota de 10% dos ingressos para os shows que Claudia Leitte fez com recursos da Rouanet. Segundo ele, o serviço foi terceirizado a empresas locais, como a Calo Productions, mas os relatórios gerados por essas empresas não foram considerados provas suficientes de que de fato houve distribuição.

“A gente tem que entrar em contato com essas empresas novamente para que de alguma forma a gente consiga sanar. A proposta do projeto, de atender à população de baixa renda, foi alcançada. Agora, se a gente focar apenas nesse ponto, transparece que é algo de má-fé da nossa parte e, em nenhum momento, houve da nossa empresa e da artista essa má-fé. Se teve erro de documento, foi por inexperiência”, afirmou.

Durante sua intervenção na CPI, o deputado federal Jorge Solla (PT-BA), defendeu que o debate deveria ser aprofundado sobre as fragilidades estruturais da lei, que permite a aprovação desse tipo de projeto.

“É inadequado o tratamento da ordem de moralismo ou de que artista precisa ou não precisa. A lei é para todos [...] O problema é que ela já se mostrou equivocada”, pontuou, ao esclarecer que apesar de ser baiano, não estava em defesa da cantora conterrânea. 

Solla criticou ainda a concentração da maioria dos investimentos culturais pela lei Rouanet no eixo Sudeste, justamente por ser historicamente comum que artistas de maior expressão consigam a maior fatia dos recursos.

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