Na manhã desta terça-feira (28), a União dos Municípios da Bahia (UPB) realiza um debate sobre os planos de carreira de profissionais de educação na Bahia. Em sua fala, o presidente da entidade, Eures Ribeiro (PSD), destacou que os planos engessam os recursos do Fundeb e chegam a atingir 140%.
"Esse desencontro acontece todos os dias, e o governo federal não fez a correção", prosseguiu, acrescentando que os diretores de escolas tornam a situação ainda mais crítica.
"Diretor de escola é o pior inimigo de prefeito e secretário. Na sua frente ele faz o seu jogo, porque quer ser nomeado, mas nas suas costas faz o jogo das colegas naquele corporativismo. Descobri que tenho no meu município (Bom Jesus da Lapa) tinha 140 professores excedentes. Seriam R$ 500 mil por mês. Depois temos que dar um jeitinho brasileiro para a verba continuar vindo e a máfia continuar existindo", pontuou.
O pessedista defendeu que o diretor de escola seja alguém fora do quadro de professores. "A categoria do magistério criou uma corporação entre ela. O diretor precisa ser um gestor. Professor não é gestor", ressaltou.
Eures ainda aconselhou os prefeitos e secretários presentes a resolver o problema do enquadramento de carga horária, já que muitos profissionais prestam concurso para 20 horas e trabalham 40 horas.
Publicado em 28/03 às 9h55
