Política

PT de Salvador deve ter eleição decidida no primeiro turno

Publicado em 08/03/2017, às 16h22   Luiz Fernando Lima


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O Partidos dos Trabalhadores elege no próximo dia 9 de abril os novos presidentes municipais, membros das executivas e delegados partidários que serão responsáveis pela eleição do diretório estadual em maio. Em Salvador, quatro candidaturas foram inscritas na última segunda-feira (7) data limite para o registro.
Um acordo entre diversas tendências internas foi elaborado dentro do campo de centro-esquerda do partido. O agrupamento é denominado Muda PT e reúne correntes como a Esquerda Democrática Popular (EDP) liderada pelo deputado federal Nelson Pelegrino, que tem atualmente algo em torno de 40% dos filiados do partido em Salvador, além da Democracia Socialista (DS) que tem o deputado federal Afonso Florence entre os representantes. A Avante com Marcelino Galo, a Reencantar na qual estão inclusos a prefeita de Lauro de Freitas Moema Gramacho e o deputado federal Waldenor Pereira. O coletivo 2 de Julho com o ex-deputado federal Luiz Alberto também se agrega ao Muda PT.
Este grupo lançou a candidatura do ex-vereador Gilmar Santiago para presidência da legenda em Salvador. O Muda PT acredita que pode vencer a eleição ainda no primeiro turno. Contudo, os defensores das outras três postulações pensam ou divulgam uma opinião diferente.
A Esquerda Popular Socialista (EPS) se uniu à Construindo um Novo Brasil (CNB) para lançar a candidatura de Dani Ferreira. A CNB é a corrente majoritária no Brasil e na Bahia, sendo que atualmente tem quatro cadeiras na Executiva estadual, além do presidente Everaldo Anunciação. A EPS tem Valmir Assunção como principal liderança.
O problema das duas correntes é que em Salvador a força de ambas está dispersa no interior. Outro fator complicador está na rearrumação da legenda e a saída de tendências para o Muda PT. A própria EDP chegou a se alinhar com EPS e CNB no último Processo de Eleição Direta (PED) petista.
Outro fato é que Paulo Mota, candidato à presidência do partido em Salvador, deixou de integrar os quadros da EPS. Mota tem relação orgânica com a militância do partido na capital, portanto, era um dos principais responsáveis pela organização das fileiras da corrente no âmbito municipal. Neste sentido, a candidatura de Dani é tida como desidratada e a peleja deve ser decidida no primeiro turno.
Tiago Ferreira é o quarto inscrito. Sindicalista do segmento Rodoviários, Ferreira está lotado no gabinete de Afonso Florence. Florence é liderança da DS, contudo, Ferreira busca se aproximar do espolio de J. Carlos que saiu do partido. Ressalva-se que o candidato não é ligado a J. Carlos, mas tem militância dentro do mesmo sindicato e busca apoio dos órfãos.
Estadual — No campo da direção estadual ainda é prematuro desenhar um cenário preciso do intramuros do PT. Isso porquê na eleição municipal serão eleitos os delegados e estes serão responsáveis por eleger tanto o presidente estadual quanto a Executiva estadual. Será preciso aguardar o resultado do PED municipal para saber com serão postadas as peças no tabuleiro interno.

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