Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (1º), a secretária de Políticas para Mulheres, Julieta Palmeira, informou que entre 20% e 24% das agressões durante o Carnaval de Salvador envolveram mulheres, mas ressaltou que o balanço ainda não foi fechado.
“Ainda não temos todos os dados. Pretendemos que a SSP nos apoie com seu sistema integrado de dados. Tivemos em torno de 20% a 24% de todas as ocorrências envolvendo mulheres. Mas são dados ainda subnotificados, porque entendemos que a violência não ocorre apenas nos circuitos. Se o homem bebe e quando chega em casa agride a mulher, a agressão também está acontecendo durante o Carnaval”, declarou. Para a folia, a pasta coordenou a campanha “Respeito às Mina” para combater a violência contra a mulher, contando com o apoio da SSP e da Secretaria de Direitos Humanos.
Já a secretária de Promoção da Igualdade Racial, Fabya Reis, disse que a pasta ainda está depurando os dados colhidos em 800 entrevistas sobre práticas de racismo durante a folia. “Entrevistamos todos, pessoas de Salvador, turistas, comerciantes... Agradeço a todos os que trabalharam em prol da defesa dos direitos humanos e em combate ao racismo”, acrescentou.
Por sua vez, o titular da pasta da Cultura, Jorge Portugal, acredita ser uma vitória o registro de dois homicídios dolosos em uma festa com 2 milhões de pessoas. “Assim foi o Carnaval em Salvador. Que lugar do planeta não queria ter Caetano, Gil e Capinam no mesmo palco e inteiramente de graça? Esse é o tamanho da cultura que se expressa no Carnaval”, disse, mencionando os 60 anos de Bossa Nova como possível tema para o Carnaval de 2018.
