Política

Cunha e Cleto aumentaram atuação na Caixa com entrada de Geddel, diz delator

Publicado em 21/02/2017, às 12h38   Alexandre Galvão


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O empresário Alexandre Margotto revelou em depoimento que o ex-deputado Eduardo Cunha e Fábio Cleto, ex-vice presidente da Caixa, “ampliaram suas atuações na Caixa com a entrada de Geddel”. O político baiano era Geddel, que foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa entre 2011 e 2013. 
“O Geddel surge após o Fábio [Cleto] e também veio para o mesmo elo [de indicações do PMDB]. Eles [Cunha e Cleto] ampliaram a atuação dentro da Caixa com o Geddel”, afirmou, em delação divulgada pela Ministério Público Federal, nesta segunda-feira (20). 
Ainda segundo Margotto, Geddel e Cunha se conheceram “através de um deputado muito influente no Rio de Janeiro”. O empresário, no entanto, não soube informar quem proporcionou a amizade entre os dois. 
Ainda na delação, Alexandre Margotto relata um suposto pagamento de propina para Geddel. Durante o depoimento, porém, ele diz que “ouviu falar” e não tem com confirmar a operação. 
“O Geddel facilitou para aumentar o empréstimo e recebeu propina para liberação de dinheiro. Se é verdade ou não é o que o Lúcio [Funaro] me passou”, afirmou. 
Neste domingo, o Fantástico revelou que Lucio Funaro - apontado como doleiro ligado a Cunha - mantinha influência sobre Geddel.
Segundo Funaro, ele mandava no Geddel. "Tinha muita influência sobre ele na Caixa", revelou. Ainda em depoimento, segundo Margotto, Funaro relatou ter ganho "muito dinheiro" com desvios operacionalizados por Geddel.
De acordo com o delator, a propina era dividia entre Funaro, Cunha e outros políticos como Geddel e o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves.
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Publicada no dia 20 de fevereiro de 2017, às 19h38

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