Política

Gualberto abre o verbo e critica governo Temer: 'corrupção não mudou'

Publicado em 10/02/2017, às 07h57   Aparecido Silva


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O deputado federal baiano João Gualberto pertence ao PSDB, partido que integra a base de apoio ao governo Michel Temer (PMDB), mas abriu o verbo contra a gestão peemedebista em discurso feito na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (9). O tucano ressaltou que, neste novo governo, "está havendo mudanças estruturais no Brasil". "Várias leis foram aprovadas, que permitem que no médio prazo sejam criados mais empregos, que a economia volte a crescer. Porém, há uma coisa que não se mudou ainda em áreas neste governo, que é a corrupção", disparou.

"É triste, como deputado, assim como qualquer brasileiro que tem acompanhado a política brasileira, perceber que os mesmos atores, que havia na época do PT, na época de Lula e Dilma Rousseff, controlam ainda hoje a política brasileira", disse Gualberto, ao apontar a indicação de dois nomes fortes nos governos petistas para funções estratégicas no governo Temer: senador Edison Lobão foi indicado para a presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, e Renan Calheiros para a liderança do PMDB no Senado.

"Ou seja, as peças são as mesmas. Todos sabem que eram elas que controlavam, junto com o PT e com o PMDB, a política e o rumo da economia brasileira. Há um ou dois anos, o que mais se falava aqui em Brasília era da intenção da presidente Dilma Rousseff de acabar com a Operação Lava Jato. São as mesmas notícias que temos no Brasil hoje com o governo do PMDB. Portanto, é uma situação muito preocupante", analisou.

Gualberto conclamou os "deputados sérios" a reagirem. "O PSDB hoje faz parte do governo, está em alguns ninistérios, mas não pode calar a boca de nenhum deputado do PSDB, temos de denunciar, não podemos ser iguais aos deputados que faziam parte da base do governo da presidente Dilma e ficarmos calados sobre o que está acontecendo", discursou o parlamentar.

"Talvez com medo de perder algum cargo ou benefícios, ninguém fala nada. Mas quando voltamos para as nossas bases, para as nossas famílias, que cara mostramos, já que não reagimos aos desmandos que existem na política brasileira?", questionou Gualberto.

O tucano encerrou sua participação no plenário da Câmara Federal pedindo que seus colegam reajam "às indicações, a esse rumo que está tomando o Brasil, que é acabar com a Operação Lava Jato para se perpetuar, por muitos anos, a corrupção, o grande mal que assola o país".

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