Política

Gerente que denunciou interferência no INSS tem exoneração anunciada

Publicado em 22/07/2011, às 16h20   Rafael Albuquerque


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O deputado federal Nelson Pelegrino (PT) negou veementemente as denúncias de que estaria interferindo politicamente dentro do INSS de Salvador (leia aqui), postergando a exoneração de uma servidora identificada como Ada Valéria Barreto. Por pressão interna para a exoneração de Ada, outra pessoa, identificada como Joana Angélica - servidora aposentada do órgã o -, teria agredido verbal e fisicamente a médica Verusa Guedes, que chefia o Serviço de Saúde do Trabalhador, como atesta boletim de ocorrência registrado na Polícia Federal pelo gerente-executivo do INSS de Salvador,  Luciano Dias.

Se tratando ou não de interferência política dentro do INSS, cujo ministro é Garibaldi Alves, do PMDB, o fato é que Luciano está com a exoneração pronta para sair. Pelo menos, foi o que o próprio afirmou ao Bocão News: “fui comunicado pela superintendência que serei exonerado”.

Questionado se foi lhe apresentada alguma justificativa plausível para exoneração, Dias explicou: “o motivo deve ser justamente porque eu estou me opondo às interferências. Não estou compartilhando da situação, da interferência política no trabalho da gerência do INSS. A exoneração deve sair por esses dias”.

Ainda é incerto o destino do servidor, que é concursado e estava há quase dois anos à frente da gerência em Salvador. “A princípio vou aguardar para ver para onde irei. Mas volto a trabalhar normalmente”. O provável é que Luciano volte ao posto do INSS de Santo Antônio de Jesus, onde começou antes de ir para Natal e assumir a gerência na capital baiana.

Apesar das denúncias, Luciano preferiu não comprometer o nome do deputado Nelson Pelegrino na história. “o fato desagradou politicamente, mas não sei se ele tem a ver”, disse. Após matéria publicada no Bocão News(leia aqui), a movimentação foi muito grande dentro do INSS em Salvador.

A servidora Ada Valéria foi exonerada nesta quinta-feira (21), o que, segundo comenta-se, desencadeou exoneração do gerente-executivo, que deverá sair nos próximos dias. “Recebemos varias manifestações dos servidores apoiando nosso posicionamento em defesa da servidora que foi agredida. Eu, como gerente e agente público, teria que tomar a medida que eu tomei,senão eu seria considerado omisso”.

A assessoria regional do INSS, que fica em Pernambuco, afirmou que está acompanhando o caso, mas que não poderia se manifestar antes da assessoria local. Até o fechamento desta matéria, não obtivemos sucesso em falar com a assessoria em Salvador.

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