Política

Neto afirma que não se "mete" em decisão de bancada estadual

Publicado em 13/12/2016, às 17h04   Luiz Fernando Lima e Tamirys Machado


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O prefeito ACM Neto preferiu não expor diretamente sua opinião sobre a presidência da Assembleia Legislativa da Bahia, mas reiterou o discurso da oposição que “marchará unida”, na votação que acontece dia 2 de fevereiro. Após o almoço com a bancada de oposição, realizado nesta terça-feira (13), na liderança da minoria da Casa, o chefe do Executivo municipal disse que “o sentimento é que este bloco deverá marchar unido, qualquer que seja o caminho”. 
“Somente os deputados podem falar, sou muito reservado em emitir opiniões de assuntos que não são diretamente ligados à minha atividade institucional, agora eu acho que nós tivemos um sentimento que este bloco deverá marchar unido. O caminho deverá ser definido pelos deputados, sem qualquer tipo de interferência externa”, afirmou o prefeito. 
Ainda sobre o almoço, Neto disse que a visita “foi de cortesia à nossa bancada de oposição. Vim trazer minha palavra de reconhecimento ao trabalho que esses deputados vêm realizando nessa tarefa tão nobre para a democracia que é a tarefa de oposição”, destacando ainda que o “momento político é de diálogo”. 
Oficialmente este é o discurso adotado, contudo, nos bastidores sabe-se que a palavra de Neto será determinante na decisão a ser tomada. Os nomes postos, Marcelo Nilo (PSL), Ângelo Coronel (PSD) e Luiz Augusto (PP), representam polos políticos que interessam ao prefeito de Salvador nos planos de disputar o governo estadual em 2018.
Reservadamente, deputados da oposição garantem que apenas Neto e o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, têm a condição de unificar o bloco que conta com 21 votos. A bancada não tem capacidade quantitativa para eleger um presidente, mas será, se costurar bem, o fiel da balança na disputa.
Neste sentido, não surpreende a declaração do cacique democrata de que é necessário manter a unidade e que a decisão deve ser tomada mais a frente. O processo se encerra apenas em fevereiro e a disputa acontece entre setores do governo. Se o governador Rui Costa "perder a mão" a equação pode deixar de fora algum partido forte que tenha capilaridade para ajudar Neto no objetivo eleitoral.

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