Política

Polêmica envolvendo Pelegrino e INSS acaba na PF

Imagem Polêmica envolvendo Pelegrino e INSS acaba na PF
Funcionária aposentada teria usado nome do deputado para obter benefício  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 15/07/2011, às 15h23   Redação Bocão News


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Representantes da gerência executiva do INSS, bairro do Comércio, denunciaram ao Bocão News uma situação de possível interferência política nos serviços do órgão. Por volta do meio-dia desta quinta-feira (14), uma assistente social aposentada da Previdência, identificada como Joana Angélica, teria adentrado a sala da médica Verusa Guedes, que chefia o Serviço de Saúde do Trabalhador, para agredi-la verbal e fisicamente.

A aposentada pegou a médica pelo braço e falou diversas “barbaridades”, como atesta a vítima: “Ela disse que eu estava aqui por indicação e que é o deputado Nelson Pelegrino que manda na Previdência Social em Salvador. Ela estava agressiva e disse que fica e sai dos cargos quem o deputado quiser”.

O gerente-executivo Luciano Dias preferiu não comentar o assunto e disse que somente a médica poderia falar com propriedade, mas adiantou: “a gerência tomou providências protocolares”. Essa providência, informou Verusa, se trata de um boletim de ocorrência registrado na Polícia Federal, na presença da delegada Aline Marquesine Pinto: “a queixa foi feita porque eu fui assediada moralmente em minha função”, justificou a médica.

Numa reunião técnica realizada nesta tarde, os oitenta peritos prepararam uma moção de agravo ao deputado federal Nelson Pelegrino “em função de ele ter mandado uma parente dentro de um serviço público para dizer quem manda e desmanda”, salientou Verusa.

Questionada sobre o que teria causado a revolta e a invasão da funcionária aposentada, a médica revela um fato no mínimo intrigante: “há mais ou menos cinco meses estamos passando por situações de instabilidade que inclusive foram levadas ao ministro da Previdência em função da não exoneração de uma também conhecida do deputado Pelegrino”. Essa mulher seria Ada Valéria Barreto, gerente da APS-BI do INSS de Brotas: “o nome dela esta no sistema para exoneração desde 23 de fevereiro, mas não aconteceu por conta de interferência política”, destacou a médica. Ada afirmou ao Bocão News que não tem nenhuma relação com a suposta agressora. “Chequei no banco de dados do INSS e não achei ninguém com esse nome. Pode estar havendo algum engano”.

Questões políticas

Não é novidade que o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, é nome forte dentro do PMDB, partido que a nível nacional é aliado do PT, mas que na Bahia não caminha junto com o governo. Como o comando do INSS foi trocado e o PMDB passou a dominar o órgão no nordeste, deixando o PT de lado, representantes petistas foram jogados para "escanteio" ou assumiram outras funções na máquina federal. Ao que parece, é o que está prestes a acontecer com a funcionária Ada Barreto. A assessoria de Nelson Pelegrino afirmou ao Bocão News não haver ligação entre a aposentada Joana Angélica e o deputado, mas confirmou que Ada é ligada ao PT e, que por isso, pode haver uma relação indireta com o parlamentar.

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