Política

Discurso de Temer na ONU gera polêmica entre deputados baianos

Publicado em 20/09/2016, às 18h20   Tamirys Machado


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Os deputados baianos de oposição e situação opinaram sobre o primeiro discurso do presidente Michel temer na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) como presidente da república, após a ex-presidente Dilma Rousseff ter sido destituída do cargo. O pemedebista usou o momento para politizar e disse que o impeachment respeitou Constituição. 
Para o líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (PT-BA), a narrativa de Temer foi na contramão dos fatos e serviu para tentar minimizar a imagem negativa do presidente perante a imprensa internacional. Já o líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (PSDB-BA) afirmou que o discurso “corresponde a mais absoluta e fidedigna realidade dos fatos”. O tucano pontuou também que o processo de impeachment foi observado com o rigor toda a legislação, inclusive com o acompanhamento e controle do Supremo Tribunal Federal. 
“Na opinião pública internacional ele é um golpista, então a fala dele foi uma tentativa de reduzir a imagem negativa que tem com a imprensa mundial. Mais uma vez ele vai na contramão dos fatos e diz o oposto ao obvio. É vergonhoso, um governo que não teve voto e não tem legitimidade nem externa nem interna”, afirmou Florence. 
O deputado petista lembrou ainda que Michel Temer “foi a dois grandes eventos internacionais após o processo de impeachment, no primeiro [G20 na China] não é chamado nem de presidente e sim de líder brasileiro, até na foto oficial ficou na extrema direita, na ponta, Lula e Dilma quando fora ficaram ao lado de grandes políticos mundiais”.
Sobre a crítica da oposição em relação a uma tentativa de reformular uma possível imagem negativa com a imprensa internacional do presidente Temer, Imbassahy disse que “a eventual imagem negativa no exterior deve-se a um desserviço prestado pelo PT que passaram para fora do Brasil com a narrativa que não corresponde à realidade constitucional e a democracia do país”. “Cabe ao Temer e a nós brasileiros reestabelecer a verdade dos fatos”, completou o tucano. 

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