Política

Ex-diretor do MAM detona diretor do Ipac e critica Jorge Portugal: sabotador

Publicado em 24/08/2016, às 14h59   Redação Bocão News


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Depois de pedir demissão do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), que teria sido provocada por um desentendimento junto ao Instituto de Patrimônioa Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) devido à uma gravação do programa Esquenta, da Rede Globo, no local, o ex-diretor do museu, Zivé Giudice, decidiu quebrar o silêncio. 
Em desabafo através do seu perfil do Facebook, Giudice detonou o diretor do Ipac, João Carlos Oliveira. "Nos nove meses que estive à frente do MAM, convivi com um sabotador que dirige o IPAC; nunca tive um centavo liberado para as ações culturais, nenhum centavo", escreveu. As duras críticas também foram encaminhadas ao secretário de Cultura, Jorge Portugal. "O secretário era cortes, nunca decisivo. Não deve ter força política além de não ter musculatura; estofo, para o cargo", descreveu. 
Confira o desabafo na íntegra
"Hoje vi um depoimento do Secretário da Cultura que não corresponde à verdade. Prometi que não me pronunciaria, tenho resistido aos muitos pedidos para que fale. Pois bem:Todas as manifestações de apreço e apoio à minha gestão no MAM, me dão muita alegria, mais que isso; legitimam o modo como conduzia aquele lugar.  Sempre que me pronunciei publicamente sobre o MAM, o fiz destacando a cooperação daqueles artista por mim convidados a pensarmos juntos como ressignificariamos o MAM, e aos amigos que ajudaram a bancar tudo que aconteceu naquele lugar. Todas essas manifestações e indignações, me inflam o ego,me deixam feliz, mas, não servirão pra nada,sabem por que? Porque está lá, consolidado, o lugar dos medíocres, pusilânimes. Essa gente apaniguada por tantos outros iguais e com interesses que não dizem respeito ao lugar da cultura, menos ainda ao lugar da ARTE. Nos nove meses que estive à frente do MAM, convivi com um sabotador que dirige o IPAC;nunca tive um centavo liberado para as ações culturais, nenhum centavo.Todas as atividades,bancadas pelos artistas, amigos e por mim. Convivi com um secretário que me tratava com carinho, porém omisso. Não obstante saber da ação deliberada do IPAC em inviabilizar o MAM, nada fez. Nos meus despachos com o Sr. Secretário, a mesma cantilena de sempre. Falava com veemência, era contundente nas críticas,porém respeitoso, aliás, como devem ser aqueles que ocupam cargos públicos:corteses, civilizados, republicanos, mas, decisivos. O secretário era cortes, nunca decisivo. Não deve ter força política além de não ter musculatura;estofo, para o cargo. Vêjo-o dizendo agora num jornal, que esse episódio foi um exagero e que tudo se resolveria com diálogo. Que dialógo? Qual diálogo? Ora, lhe demandava o tempo todo lhe informando dos gestos grosseiros e inapropriados da direção do IPAC. Nesse episódio, pedi-lhe que me ligasse pelo amor de Deus, precisava falar-lhe seriamente. Me ligou. Lhe disse da minha indignação com um documento que o IPAC havia divulgado e que aquilo era uma tentativa de achincalhamento com as regras e disciplina do MAM, bem como com a minha autoridade de diretor zeloso.Não fez nada. Nada. Deu legitimidade ao documento do IPAC. E o que dizia o documento do IPAC? Baboseiras, lugares comuns. Recomendando ao MAM , abrir-se para o convívio de outras linguagens; ignorante, não sabe a quantas andávamos no MAM. 
Querem saber, se por algum infortúnio fosse igual eles, também demitiria Zivé Giudice e sabem por que? Porque Zivé é intransigente, conhece o objeto ao qual foi chamado para cuidar, articulado,íntegro, ilibado, artista,agregador e isso é perigoso, agregar pode gerar insurreição e virem em direção a nós, nos questionarão, nos ameaçarão. Arrombarão a porta do nosso refúgio. FORA ZIVÉ"
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